Introdução: A participação de adultos em programas de exercícios físicos
estruturados para melhorar a depressão, ansiedade, estresse e qualidade de vida. O
exercício aquático é uma opção alternativa, com uma maior interação social a fim de
atingir uma diminuição dos scores de depressão. O objetivo foi investigar o efeito do
Exercício Aquático nos desfechos, em comparação com uma intervenção de controle.
Métodos: Um ensaio clínico aleatório foi realizado no Laboratório de Biomecânica e
na piscina, ambos na Universidade Federal do Vale do São Francisco. No total, 55
pacientes adultos, de ambos os sexos, com diagnóstico médico de depressão, foram
aleatorizados em dois grupos: Grupo Experimental (Exercícios Aquáticos) (n= 28) e
Grupo Controle (manter seus níveis de atividade habituais) (n= 27). Os indivíduos
foram avaliados quanto os desfechos primários: depressão, ansiedade e estresse
(Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse [DASS-21]) e quanto aos desfechos
secundários: qualidade de vida (questionário 12-Item Short-Form Health Survey
Version 2 [SF-12]) e a percepção de melhora, nos seguintes momentos: inicial e final.
Os indivíduos foram assistidos durante oito semanas, sendo o GE fazendo duas
sessões semanais com duração de 60 minutos por sessão, em intensidade moderada
(escores da escala de Borg de 13 a 14). Resultados: No momento inicial, não houve
diferença significante, entre os grupos, para todos os desfechos (primários e
secundários) e na caracterização da amostra. Ao final da intervenção houve diferença
com significância, entre os grupos, a favor do GE para os desfechos primários:
depressão (DM: -4,8 IC 95% [-7,8;-1,7]; ̅ = -0,81 IC 95% [-1,4;-0,3]), ansiedade (DM:
-4,0 IC 95% [-6,6;-1,5]; ̅ = -0,81 IC 95% [-1,4;-0,3]) e estresse (DM: -5,1 IC 95% [-
7,5;-2,6]; ̅ = -1,06 IC 95% [-1,6;-0,5]); e para os desfechos secundários: qualidade de
vida mental (DM: 21,3 IC 95% [12,3;30,2]; ̅ = 1,22 IC 95% [0,6;1,8]) e qualidade de
vida física (DM: 13,6 IC 95% [2,4;24,7]; ̅ = 0,62 IC 95% [0,1;1,2]). Ao comparar dentro
do GE, todos os desfechos apresentaram efeito positivo com significância. Já no GC
nenhum desfecho obteve diferença significativa. Conclusão: O tratamento com
exercícios aquáticos em intensidade moderada é eficaz para a melhora da depressão,
ansiedade, estresse, qualidade de vida mental e físico, quando comparados a um
grupo que não realizou nenhuma atividade. Registro do Ensaio Clínico:
NCT04100850.