Diversas espécies de psitacídeos e cebídeos são encontradas em zoológicos e centros de triagens de animais silvestres. O manejo destes animais normalmente está condicionado ao uso de sedativos e anestésicos para contenção química sempre que os métodos de contenção física possam exceder o nível de estresse tolerado pela espécie. Técnicas de sedação minimamente invasivas em aves, como a via intranasal, demonstram ser opção factível comparativamente às técnicas de administração parenteral de rotina, por promover contenção fácil e segura. Objetivou-se com esta pesquisa descrever os efeitos sedativos após administração do midazolam (2 mg/kg) intranasal (INS) em treze araras-canindé, dez papagaios-verdadeiros e dez papagaios-do-mangue. Todos os animais apresentaram sedação satisfatória, apresentaram-se cooperativos e com relaxamento muscular de grau moderado a intenso. De forma semelhante, o manejo do macaco-prego, pertencente à família Cebidae, vai além das técnicas de sedação, pois o aumento da população da espécie em cativeiro demanda a realização de métodos de contracepção cirúrgica para controle populacional. O uso de opióides e alfa-2 agonistas na via peridural oferece rápido início de ação do fármaco e longos períodos de analgesia com indicação para procedimentos cirúrgicos em abdome caudal, no entanto, são limitadas as pesquisas com avaliação dos efeitos hemodinâmicos desta via em pacientes silvestres. Objetivou-se avaliar os efeitos cardiorrespiratórios após a anestesia peridural com lidocaína (5 mg/kg) associada a morfina (MOR) (0,1 mg/kg) ou à dexmedetomidina (DEX) (1 μg/kg) em fêmeas de macacos-prego submetidas a cirurgia de ligadura tubárica bilateral, como técnica adjuvante ao protocolo de anestesia geral. Houve redução da frequência de pulso no grupo DEX e da pressão arterial em DEX e MOR, sem alterações na SpO2. A temperatura diminuiu ao longo do tempo em ambos os grupos, os quais também apresentaram estabilidade no ritmo cardíaco.