Objetivo: Identificar o impacto da participação em esportes na ocorrência de fraturas ósseas
entre adolescentes, levando em conta o papel da maturação biológica e inflamação sobre este
fenômeno, bem como estimar os custos diretos relacionados a fratura óssea nestes adolescentes.
Métodos: Estudo de coorte de 12 meses. A amostra será composta por, pelo menos, 233
adolescentes com idade variando entre 12 e 17 anos. A ocorrência de fratura óssea e os custos
relacionados a cuidados de saúde serão avaliados mensalmente, durante 12 meses, enquanto a
prática de esportes será estratificada como "nenhum impacto", "baixo impacto" e "alto
impacto". Composição corporal (densidade mineral óssea, gordura corporal e massa muscular)
será estimada através de scanner de densitometria óssea e inflamação através de exame de
sangue (12 horas de jejum). Maturação biológica será estimada usando dados antropométricos.
Como possíveis fatores de confusão consideraremos idade, sexo, treinamento resistido
(musculação), variáveis de composição corporal e maturação biológica. Resultados
preliminares: A amostra foi composta por 285 adolescentes (202 meninos e 83 meninas). A
ocorrência de fraturas durante o período de 21 meses foi de 5,6% ([IC95%: 2,9% a 8,2%]; n =
16). Os custos globais contabilizados durante o acompanhamento de 9 meses foram de U $
1984.70 (medicação: 55,4%, consultas: 20,6% e testes laboratoriais: 24%). Os adolescentes
classificados como não-obesos relataram mais fraturas do que as obesas ao considerar o
período de 21 meses (p-valor = 0,049). No que diz respeito aos custos gerais de cuidados de
saúde e diferentes esportes, atletismo [US$ 2,38 (10,72)], ginástica [US$ 7,50 (18,38)], judô
[US$ 2,69 (6,96)] e natação [US$ 5,87 (22,68)] apresentaram custos maiores quando
comparados ao grupo controle. Conclusões: Esporte não aumenta o risco de fratura, ao passo
que fraturas aumentam os gastos com saúde