Dois estudos distintos foram conduzidos em momentos e locais diferentes. No primeiro,
3 realizado em Castanhal, Pará, Brasil, avaliou-se os efeitos de dietas contendo tortas
4 Amazônicas (TA) sobre o consumo, digestibilidade, metabólitos séricos, desempenho e
5 emissão de metano em ovinos Dorper-Santa Inês, castrados. Vinte e oito animais foram
6 distribuídos em gaiolas metabólicas, em delineamento inteiramente casualizado, com
7 quatro tratamentos e sete repetições. Cada grupo de animais recebeu dieta composta por
8 silagem de milho (400 g/kg com base na matéria seca (MS)) e concentrado (600 g/kg
9 MS). Os tratamentos foram: controle (CON40), sem adição de torta amazônica e com 40
10 g/kg de extrato etéreo (EE) na MS da dieta total; cupuaçu (Theobroma grandiflorum)
11 (CUP), com inclusão de torta de cupuaçu e 70 g/kg de EE; tucumã (Astrocaryum vulgare
12 Mart.) (TUC), com inclusão de torta de tucumã e 70 g/kg de EE; controle (CON80), sem
13 adição de torta amazônica e com 80 g/kg de EE. As tortas de cupuaçu e tucumã, ao serem
14 incluídas às dietas de ovinos confinados apresentaram efeitos diferentes sobre o consumo,
15 desempenho e emissão de metano. A inclusão de 450 g/kg de cupuaçu em substituição ao
16 milho e ao farelo de soja possibilita consumo e desempenho mais interessantes, inferiores
17 aos tratamentos controle, porém superiores ao observado na inclusão de 309 g/kg de
18 tucumã. No segundo, conduzido em Mosgiel, no Instituto de Pesquisa AgResearch, Nova
19 Zelândia, investigou-se o uso de soluções (solução A, B e C) como métodos alternativos
20 de conservação e extração de DNA ruminal de ovinos para investigação do perfil
21 microbiano, através da técnica genotyping by sequencing (GBS). A qualidade e
22 integridade do DNA e a composição da comunidade microbiana ruminal foram
23 verificadas nos métodos propostos e comparados à um método controle. Amostras
24 ruminais de 151 ovelhas foram coletadas, via tubo estomacal, em dois períodos, com
25 intervalo de duas semanas entre elas (n=302), para determinar a repetibilidade dos
26 métodos. O rendimento, qualidade e integridade do DNA ruminal conservados e extraídos
27 pelos quatro métodos variaram (p < 0,0001), sendo as maiores médias observadas no
28 método controle, Solução B e A. O número de leitura por amostra, da mesma forma, foi
29 influenciado pelo método usado (p < 0,0001). A abundância relativa também foi
30 influenciada pelo método utilizado, no entanto observou-se um padrão na
31 representatividade entre os 61 táxons investigados. A partir dos métodos de conservação
32 e extração de DNA testados neste estudo, foi possível eliminar a etapa de preparação de
33 amostras ruminais utilizada no método controle e obter, com exceção da Solução C, DNA
34 com rendimentos e de qualidades satisfatórias para análises subsequentes.