Objetivo: Avaliar a qualidade de vida, depressão e ansiedade em mulheres com doença trofoblástica gestacional, antes da remissão (doença ativa) da mola hidatiforme (MH) ou neoplasia trofoblástica gestacional (NTG) e após a remissão. Método: Estudo longitudinal realizado com 51 mulheres, avaliando aspectos da qualidade de vida e impactos psicológicos, por meio dos questionários validados: World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-bref), Beck Depression Inventory (BDI) e Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE). Resultados: as
pacientes quando com doença ativa, tiveram qualidade de vida (QV) “regular”, 68,6% foram classificadas em “ausência de depressão”, 13,7% em “depressão” e
17,6% em “disforia”. Quanto à ansiedade, tanto na ansiedade-traço como ansiedade-estado, o escore correspondeu à “ansiedade média-alta”. Após a remissão da doença, houve melhora significativa em todas as variáveis. Na QV, a
melhora evidenciou-se no domínio total (p=0,023), físico (p=0,003) e em relação à satisfação com a saúde (p=0,006), embora mantivessem QV classificada como “regular”. Quanto à depressão, também houve melhora significativa (p<0,001), assim como no escore do inventário de ansiedade –traço (p=0,003) e ansiedade-
estado (p<0,001). Conclusão: Em relação à QV, depressão e ansiedade, não foram encontradas diferenças significativas nos resultados em relação às mulheres com doença ativa, ou seja, os resultados foram semelhantes, independente das mulheres estarem aguardando a remissão da MH ou com o diagnóstico de NTG. Na análise em relação aos tempos T1 e T2 (doença ativa e doença em remissão), concluímos que houve melhora significativa da QV, da ausência de sintomatologia depressiva e ansiedade após a remissão da doença.
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