A nutrição é um dos fatores mais importantes na produção avícola, seja pelo custo ou pela
resposta animal frente à qualidade da ração. O objetivo deste estudo foi verificar a influência
do diâmetro médio geométrico (DGM) da partícula do milho e da forma física da ração sobre
o desempenho zootécnico, morfometria do trato digestório e sobre a digestibilidade dos
nutrientes da ração em frangos. Foram avaliados 3.600 frangos machos da linhagem Ross 91
no período de 14 a 39 dias de idade, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado
em esquema fatorial 2 X 4, sendo duas formas físicas de ração (farelada e peletizada) com
quatro diferentes granulometrias de milho em mm (DGM1: 819-824; DGM2: 1001-1084;
DGM3: 1154-1248; DGM4: 1250-1312). Todos os dados foram submetidos ao teste de Shapiro
Wilk e posterior ANOVA com um nível de 95% de confiança. Aves alimentadas com ração
peletizada tiveram um melhor ganho de peso (GP) (2,37+5,25 Kg) e na ração farelada (2,31
+5,25 Kg) (P<0,05) e Índice de Conversão Alimentar (CA) (1,593) comparada com aves que
consumiram ração farelada (1,614) (P<0,001) O melhor em resultado em GP em granulometria
tanto em ração farelada como em peletizada foram os intervalos do tamanho de partícula do
milho de DGM2, DGM3 e DGM4 (P<0,001). Porém na fase de 30 a 39 dias de idade das aves,
o GP das aves que consumiram ração farelada (935,25g) foi maior que as que consumiram
ração peletizada (914g), sendo estes mesmos resultados encontrados em consumo de ração.
Para a CA o melhor resultado em DGM foram os intervalos 2, 3 e 4 em todo período do
experimento (P<0,05). O peso da moela das aves alimentadas com ração farelada (44,32 g) no
intervalo de DGM2 foi maior que daquelas alimentadas com ração peletizada (34,77 g)
(P<0,001). A altura das vilosidades do íleo foi maior em aves que consumiram ração farelada
(513,98 µm) que com peletizada (496,94 µm) (P<0,05), assim como no intervalo de DGM3
(1,154-1,248mm) (P<0,001). A profundidade de cripta do íleo das aves alimentadas com
intervalo de DGM2 na ração farelada apresentou o melhor resultado, da mesma forma que
aves alimentadas com dietas peletizada no DGM1 (P<0,05). Aves alimentadas com ração
farelada no intervalo DGM2 apresentaram à altura das vilosidades do íleo 3,46 maior que a
profundidade de cripta (P<0,05). Em digestibilidade não houve interação (P>0,05). Conclui-se
que aves alimentadas com dietas peletizadas obtiveram melhor desempenho zootécnico, e
com granulometria do milho a partir do DGM2 (1001-1084 mm), apresentaram maior de GP e
melhor CA, independente da forma física da ração. Porém, as rações fareladas com DGM2
apresentaram melhores resultados para morfometria do trato gastrointestinal dos frangos de
corte. Não houve influência dos tratamentos sobre a digestibilidade dos nutrientes da dieta
de frangos de corte.