Ligas dos sistemas Mn100-xSnx (x = 3, 6, 12, 18, 21, 24, 27, 32, e 35), Mn3-xFexSn e Mn2-xFexSn (x = 0,00, 0,25, 0,50, 0,75, 1,00, 1,25) foram preparadas em forno a arco voltaico e tratadas termicamente em forno resistivo. O tratamento térmico foi de dez dias à temperatura de 900 0C
para o sistema Mn3-xFexSn e dez dias a 800 0C para os outros dois sistemas. As amostras fundidas e tratadas foram analisadas por metalografia óptica, microscopia eletrônica de varredura com análise composicional via EDS, difração de raios X (Método Rietveld), calorimetria diferencial de varredura e medidas de magnetização em função de temperatura e campo aplicado. Os resultados obtidos para o sistema Mn100-xSnx indicaram discrepâncias em relação à composição da fase Mn76Sn24 e sugerem instabilidade no equilíbrio das fases para os compostos como fundidos e tratados estudados à esquerda da fase Mn3Sn, no diagrama de fases Mn-Sn aceito na literatura. A análise magnética das ligas do sistema Mn100-xSnx para os campos de fases Mn3Sn + Mn e Mn3Sn + Mn2-xSn indicou a possibilidade de que o intervalo de solubilidade da fase 3:1 pode ser significativamente maior que o colocado no diagrama mencionado anteriormente, e mostrou também que pode existir dependência da temperatura da transição antiferro-ferro (ou ferri) com o teor de Sn nessa fase. Os resultados para o sistema ternário demonstraram uma fase MnnFemSnp não mencionada na literatura. As análises magnéticas indicaram para os compostos Mn0,75Fe1,25Sn e Mn1,75Fe1,25Sn, tratados termicamente, temperaturas de Curie de Tc = 361 K e Tc = 358 K, respectivamente. Essas ligas em particular deverão ser empregadas nos motores termomagnéticos em desenvolvimento no Laboratório de Manufatura Mecânica e Materiais da UNIFESP.