Com o presente trabalho objetivou-se estudar as características morfológicas dos crânios
pertencentes ao acervo do Laboratório de Anatomia Humana (DEPAH) do Instituto de
Ciências Biomédicas da Universidade Federal de Uberlândia. Formando, assim, um banco de
dados para futuras pesquisas. Após serem lavados com detergente neutro e clareados em
solução aquosa de peróxido de hidrogênio, os 153 crânios foram secados em temperatura
ambiente e realizou-se uma avaliação do material, sendo incluso todo aquele que possuía os
pontos craniométricos intactos para posteriores mensurações. Efetuou-se a cranioscopia para
verificação do sexo e, em seguida, a craniometria para determinação da ancestralidade. Por
meio da cranioscopia detectou-se 122 (79,74%) crânios do sexo masculino e 31 (20,26%) do
sexo feminino. O cálculo do Índice Cefálico Horizontal (ICH) permitiu a classificação dos
crânios em dolicocéfalos, subdolicocéfalos, mesaticéfalos, sub-braquicéfalos e braquicéfalos,
sendo a maioria de braquicéfalos, indicando uma ancestralidade mongólica, tanto no sexo
masculino (47,06%), quanto no feminino (13,73%). De acordo com o Índice Vertical (IV.Pe),
discriminou-se os crânios em platicéfalos, mesocéfalos e hipsicéfalos. A maior parte do
material masculino (39,22%) e feminino (9,81%) foi constituída por crânios mesocéfalos,
determinando uma ancestralidade caucasoide. Verificou-se o Índice Transverso (IV.Po) e
diferenciaram-se os crânios em estenocéfalos, metriocéfalos e tapinocéfalos, sendo o último
presente em maior número tanto no sexo masculino (38,56%) como no feminino (13,73%),
demonstrando ancestralidades negroide e caucasoide. Ao aferir o Índice Nasal constataram-se
crânios leptorrinos, mesorrinos e platirrinos. Em ambos os sexos, o número de platirrinos foi
maior, sendo 47,71% referente ao sexo masculino e 12,42% ao feminino, evidenciando a
ancestralidade negroide. Perante a vastidão do assunto, pudemos fazer uma contribuição às
demais áreas, proporcionando um banco de dados para futuras pesquisas.