Foram realizados dois experimentos para avaliar os efeitos de utilização de fitase exógena na dieta de perus de corte. No experimento 1, 320 perus de um dia de idade foram distribuidos em um delineamento inteiramente casualizado com 4 tratamentos e 8 repetições de 10 aves cada. Os tratamentos consistiram em uma dieta controle positivo (CP), controle negativo (CN, -0,15% P disponível e -0,18% Ca), CN + 2000 FYT/kg, CN + 4000 FYT/kg. Foram
avaliados consumo de ração (CR), ganho de peso (GP) e conversão alimentar (CA) de 1-28 dias; Digestibilidade ileal e metabolizabilidade aparente da dieta; Energia digestível (EDA) e metabolizável (EMA) aparentes; Resíduo mineral, Ca, P e Índice de Seedor na tíbia e concentração de inositol no plasma. A adição de fitase aumentou CR e GP em comparação a dieta CN (P<0,05). A digestibilidade ileal de P e metabolizabilidade da dieta foram melhoradas linearmente com fitase, assim como valores de EDA e EMA (P<0,05), resultando em aumento linear do teor de P nas tíbias e concentração plasmática de inositol. No experimento 2, 420 perus de um dia foram distribuidos em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3x2: 3 doses de fitase (0, 1000 e 2500 FYT/kg) e 2 pH da água (5,5 e 8,2), com 6 tratamentos e 7 repetições de 10 aves cada. Foram avaliados CR, GP, CA e ingestão de água (IA) de 1-21 dias de idade; Digestibilidade e metabolizabilidade aparente da dieta; EDA e EMA; Resíduo mineral, Ca, P e Índice de Seedor na tíbia; pH da moela e concentração plasmática de inositol. A fitase melhorou o GPM e CA em comparação a dieta sem enzima (P<0,05). Não houve efeito de pH da água sobre desempenho (P>0,05) e a IA e pH da moela não foram afetados pelos tratamentos (P> 0,05). O uso de fitase melhorou a digestibilidade,
metabolizabilidade e valores de EDA e EMA da dieta (P<0,05) independente do pH. O teor de minerais nas tibias e de inositol no plasma foi maior com adição de fitase (P<0,05), sem influência do pH da água (P>0.05). A digestibilidade de Ca e P foi maior em pH 8,2 e a dose de 1000 FYT/kg foi mais eficaz em pH 8,2 para EDA e EMA, enquanto o aproveitamento de matéria seca e proteína foram maiores em pH 5,5. Contudo ao aumentar a dose para 2500 FYT/kg as variáveis de utilização da dieta foram semelhantes em ambos os valores de pH. Os resultados permitem concluir que doses altas de fitase podem ser usadas para otimizar o aproveitamento da dieta de perus e melhorar o desempenho, mineralização óssea e disponibilização de inositol.