Esta pesquisa tem por objeto analisar e apresentar reflexões críticas, à luz do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, à mercantilização do trabalhador, fenômeno que deve ser totalmente evitado, haja vista que o trabalhador é um ser humano e não pode ser negociado. Justifica-se o presente trabalho pelo fato de que a vedação à mercantilização da saúde laboral em muito contribuirá para a proteção da saúde dos trabalhadores. Propiciará também uma intensa reflexão sobre o tema, sendo relevante para o profissional do direito, além de contribuir para o estado de arte, pois possibilitará novas óticas e novos prismas sobre a discussão ventilada. Também contribuirá para a sociedade, haja vista que a questão trabalhista, no que tange à sua mercantilização, é uma realidade social e merece uma profunda discussão, não podendo questões capitalistas estarem acima da dignidade humana. O objetivo geral consiste em analisar e apresentar meios e alternativas a serem empregados para se combater o já mencionado fenômeno, evitando ou ao menos, amenizando toda e qualquer forma de monetização laboral. A metodologia utilizada é a bibliográfica utilizando-se de doutrinadores renomados como Souto Maior, Paulo Eduardo Vieira de Oliveira, Ricardo Antunes e Giovanni Alves, os quais refletem com propriedade sobre a temática. A monetização da saúde laboral está presente no cenário brasileiro, representando um grande retrocesso para o trabalhador. Nesse quadro, investigam-se os pagamentos atuais de insalubridade e periculosidade, tecendo diversas críticas ao atual sistema brasileiro compensatório à saúde laboral e listando os principais problemas hodiernos da saúde do trabalhador. Realizam-se paralelos com o direito estrangeiro, elencando meios alternativos de combate à monetização utilizados por diversos países. Apresenta-se, à guisa de conclusão, contributos críticos e sugestivas soluções, investigando-se, assim, alternativas para o combate à monetização da saúde, como a prioridade de se investir na segurança dos trabalhadores, de modo a eliminar os agentes nocivos, ao invés de se pagar por sua saúde.