Objetivou-se com este estudo determinar a soroprevalência e fatores associados
à infecção por Herpesvírus equino (EHV-1/EHV-2), S. neurona e Brucella spp.
em cavalos, assim como, determinar a positividade de oocistos de S. neurona
em Didelphis spp. Todos os animais foram provenientes da microrregião de
Ilhéus-Itabuna, Bahia, Brasil. Para o diagnóstico de Herpesvírus equino (EHV-
1/EHV-2), foi utilizada a técnica de soroneutralização em microplacas, e
considerados positivos animais com titulação ≥ 4 capaz de inibir 100% do efeito
citopático. Para S. neurona foi utilizado a reação de imunofluorescência indireta
(RIFI) utilizando merozoitas da cepa de S. neurona 138 (SN138) com o ponto de
corte 1:80. E para Brucella spp. foram utilizados como triagem o teste do
antígeno acidificado tamponado (AAT) e como confirmatório o teste de
soroaglutinação lenta em tubos (SAT) com o ponto de corte 1:100 associado ao
teste de redução pelo 2-Mercaptoetanol (2ME) em titulações (1:25, 1:50, 1:100,
1:200). Foram capturados 25 Didelphis spp. para a pesquisa de oocistos e
esporocistos de S. neurona através do exame de fezes e da digestão do raspado
da mucosa intestinal. Foi observado uma prevalência de 36,33% (IC95% = 32,44
– 40,13) de equinos soropositivos para Herpesvírus equino (EHV-1/EHV-4), com
titulação de 1:4 (105), 1:8 (52), 1:16 (32), 1:32 (20), 1:64 (9), 1:128 (8). A
prevalência de anticorpos anti- S. neurona nos equinos amostrados foi de 7,92%
(IC 95%= 5,99 – 10,23), com titulação encontrada de 1:80 (94,3%), 1:160 (3,8%)
e 1:320 (1,9%). A positividade de anticorpos contra Brucella spp. encontrados
nos equinos foi de 0,15% (1 animal) com (IC 95%= 0-0,83) na titulação 1:100
(SAT) e 1:50 (2ME). Todos os Didelphis spp. analisados foram negativos para a
presença de S. neurona. Este é o primeiro estudo que avalia os três agentes em
cavalos.