Nos últimos anos tem se intensicado os debates sobre a questão ambiental. São vários os problemas ambientais que tem assolado o planeta e seus habitantes nos mais diferentes aspectos. A deserticação é um desses muitos problemas que tem sido intensamente debatido em diferentes partes do mundo. No Brasil, a área de maior susceptibilidade à ocorrência do fenômeno é o semiárido brasileiro, que abrange os estados da região Nordeste do Brasil, o norte do estado de Minas Gerais e o norte do Espirito Santo. Entretanto, outras áreas do país tem sido alvo de pesquisas, até mesmo com a nalidade de atender a recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU) que atribuiu o período entre 2010 e 2020 como a década da deserticação. Por conta disso, a ONU recomendou aos países situados em áreas susceptíveis, o desenvolvimento de estudos com o propósito de melhor entendimento, e maior conhecimento, sobre o fenômeno e suas consequências. É neste contexto que se desenvolve diferentes estudos sobre a temática, e em particular tecese um olhar para o estado do Rio de Janeiro, tendo em vista as análises realizadas por outras pesquisas feitas a partir do ambiente físico e a avaliação de risco da deserticação. O presente estudo, realizou uma análise das vulnerabilidades socioeconômicas frente ao risco de deserticaçãoem três regiões de governo do estadodo Rio de janeiro(Norte Fluminense, Noroeste Fluminense e a região das Baixadas Litorâneas). Levou-se em conta nesta avaliação das vulnerabilidades socioeconômicas, os índices socioeconômicos pré- existentes (IFDM, IVS e IVM) que foram alimentados por dados ociais do governo federal. Depois, os índices socioeconômicos foram padronizados de forma a utilizar uma mesma escala de valores.Aonaldestaetapa, gerou-seumprodutonal, ÍndiceSintéticodeVulnerabilidade Socioeconômica (ISVSE). A associação do ISVSE ao Índice de Qualidade de Ambientes Sensíveis (ESAI), formou um novo produto, o Índice Sintético de Vulnerabilidade Socioeconômica ao Risco de Deserticação (ISVSRD). Com auxílio do software Q-GIS, os dados foram tratados e produziram mapas temáticos retratando a vulnerabilidade socioeconômica frente ao risco de deserticação. O índice sintético permitiu avaliar a vulnerabilidade socioeconômica da população dos municípios uminenses que estão inseridos nas regiões de governo que foi objeto de pesquisa do presente estudo frente ao risco de ocorrência do fenômeno deserticação. A região Noroeste Fluminense apresentou a mais expressiva vulnerabilidade socioeconômica entre todas regiões analisadas, internamente, o destaque negativo foi o município de São Francisco do Itabapoana, que apresentou a classicação de alta vulnerabilidade socioeconômica frente ao risco de deserticação. Percebeu-se que o índice sintético aqui proposto, identicou a necessidade imediata de mudança no perl e uso das fontes de energia, onde a troca das fontes convencionais por matrizes energéticas renováveis e sustentáveis se faz necessário. Como perspectivas futuras e como forma de orientar os gestores públicos, recomenda-se também para que haja políticas públicas destinadas para as áreas de educação, saúde, infraestrutura e distribuição da renda.