A utilização de pastos cultivados de gramíneas recém lançadas requer estudos aprofundados
acerca do seu potencial e a resposta animal em função da mesma. Objetivou-se com este estudo
avaliar o efeito da suplementação de ovinos em fase de terminação no período chuvoso sobre o
desempenho e avaliação bioeconômica. Utilizou-se 24 ovinos com peso corporal médio de
21,26±2,87 Kg em delineamento em blocos casualizado com quatro tratamentos e seis
repetições. Os tratamentos foram quatro tipos de suplementos: Sal mineral (SM), Sal mineral +
ureia e sulfato de amônio (sal+ureia), concentrado com vagem de faveira-de-bolota (CFB) e
concentrado com milho e farelo de soja (CMFS). Para avaliação bioeconômica foi utilizado os
dados de desempenho, em que considerou os preços praticados no município de Chapadinha Maranhão, Brasil. Foi verificado efeito (P=0,0242) dos suplementos sobre o consumo de
matéria seca total (CMStotal) dos ovinos, em que a ingestão de matéria seca dos ovinos
recebendo os suplementos sal+ureia, CFB e CMFS ultrapassaram 1 kg-1 de ingestão diária, com
valores de 1161,36, 1236,43 e 1371,19 g dia-1, respectivamente. Todavia o consumo de matéria
seca do pasto (CMSpasto) de capim-tamani não foi influenciado (P=0,1401) pela
suplementação. O consumo de forragem (CMSpasto) foi semelhante entre as fontes
suplementares, com média de 4,02 % do peso corporal. O consumo de proteína (CPB) entre os
ovinos suplementados com CFB e CMFS foram semelhantes, com valores de 179,46 e 187,83
g dia-1, respectivamente. Houve aumento da ingestão da Fibra em detergente neutro (CFDN)
quando os ovinos foram suplementados com sal+ureia. Em relação digestibilidade dos
nutrientes, os animais que recebia os suplementos CFB e CMFS tiveram maior digestibilidade
da matéria seca (DMS). Houve uma similaridade na DPB com DMS, ou seja, os ovinos
suplementados com CFB e CMFS apresentaram maiores digestibilidade (P=<0001), não
havendo diferenças entre si. Houve uma superioridade da DPB dos animais que recebiam CFB
(692,0 g.kg-1) na ordem de 28 e 26,76% em relação aos animais suplementados com SM (498,3
g.kg-1) e sal+ureia (506,8 g.kg-1), respectivamente. A digestibilidade da fibra em detergente
neutro (DFDN) foi análoga entre os suplementos, com valor médio de 537,175 g.kg-1. Houve
efeito (P<0,10) dos suplementos sobre o desempenho dos ovinos, com os maiores ganhos
verificado com os suplementos CFB e CMFS, com médias de ganhos de peso médios diários
(GPMD) de 102,13 e 98,88 g dia-1, respectivamente. Os valores biométricos de comprimento
corporal, altura do anterior, altura do posterior, perímetro torácico, largura da garupa,
comprimento da perna, perímetro da perna e comprimento da garupa dos ovinos foram
semelhantes (P<0,005). Apenas largura do peito apresentou efeito (P=0,0198) da
suplementação. O suplemento CFB apresentou custo com suplementação menor que o
suplemento padrão (CMFS), com diferença de R$ 425,02. A maior margem bruta foi observada
nos ovinos terminados CMFS com valor monetário de R$ 11855,38, seguida pelos animais
suplementados com CFB com valor de R$ 11482,18. O suplemento padrão e com vagem de
faveira-de-bolota ofertados a 0,8 % do peso corporal proporciona melhor desempenho dos
ovinos em pastejo, com a vagem da faveira-de-bolota viável ao substituir 37,5 % do milho grão
no suplemento.