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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
AQÜICULTURA (42004012011P0)
AÇAÍ (Euterpe oleracea) EM DIETAS PARA JUVENIS DE TAMBAQUI (Colossoma macropomum): PERFORMANCE DE CRESCIMENTO, STATUS REDOX, METABOLISMO ENERGÉTICO E EFEITO NEUROPROTETOR
THAMYRES VANESSA NASCIMENTO DA SILVA
TESE
13/03/2020

O presente estudo objetivou avaliar a inclusão dietética de açaí liofilizado Euterpe oleracea (LEO) como um promotor do crescimento para juvenis de tambaqui (Colossoma macropomum), determinando seus efeitos sobre a pigmentação da pele, status antioxidante, metabolismo energético, além das implicações de seu consumo sobre a resistência ao estresse de transporte e atividade neuroprotetora. Os peixes (0.92 ± 0.01 g) foram alimentados por 30 dias com seis dietas isoenergéticas e isoproteicas formuladas com 0,00; 0,63; 1,25; 2,50; 5,00; e 10.0% LEO (p/p). Um crescimento 7 vezes superior ao peso inicial foi alcançado ao final do teste alimentar. A inclusão de 5.00% e 10.0% LEO na dieta foram significativos em termos de ganho de peso e peso final corporal. A ingestão de 297 1.25% LEO também melhorou os parâmetros de eficiência alimentar, sendo efetiva sobre o aumento da taxa de crescimento específico (SGR). A capacidade antioxidante (DPPH), bem como o conteúdo de flavonoides e polifenóis totais não foram incrementados no músculo. Mas, com 5.00% de açaí na dieta, a intensidade da cor ciano na pele foi melhorada. A menor inclusão de açaí (0,63 %) na dieta resultou na maior competência antioxidante intestinal (39.57%), o que não foi observado para o fígado e músculo. Somente para o intestino, uma inclusão estimada em 5.47% LEO minimizou os níveis de peroxidação lipídica (TBARS). Desde o ponto de vista econômico, uma inclusão de até 1,25% LEO é viável (Capítulo 1). Foi também observada uma redução sobre a concentração de triglicerídeos (40%) no músculo pela ingestão de 0,63% LEO na dieta. Porém, não houveram alterações significativas sobre os níveis de colesterol, glicose, glicogênio e proteína total neste órgão. A atividade do sistema de transporte de elétrons (ETS) no músculo aumentou em 76,25% nos peixes alimentados com 1,25% LEO em relação ao controle, sendo que este parâmetro apresentou elevada correlação (R² = 0,87) com a SGR (Capítulo 2). A ingestão de LEO previamente ao estresse de transporte (3, 6, 12 e 24 h) resultou em um nível de oxigênio dissolvido 17.7% superior ao tratamento controle, após 24 h de transporte. O nível de glicose no sangue se manteve similar, 314 independente das dietas ou dos tempos de transporte. A capacidade antioxidante total (ACAP) e o dano oxidativo lipídico (TBARS) foram mensurados nas brânquias, cérebro, fígado e músculo. Após transporte por 12 h, peixes tratados com 1,25% a 10,0% LEO exibiram maior competência antioxidante hepática (42% a 53%, respectivamente). Níveis dietéticos de 2,50% a 5,00% LEO desempenharam evidente proteção contra a peroxidação lipídica no cérebro, fígado e brânquias até 12 h de transporte, reduzindo pontualmente o nível de TBARS no músculo (Capítulo 3). Convulsões induzidas por pentilenotetrazol (PTZ) foram reduzidas expressivamente por meio do LEO dietético. Os registros eletroencefalográficos indicaram menor excitabilidade e amplitude das ondas cerebrais nos peixes alimentados com 5,00% LEO na dieta. Essa redução foi 80% superior nos peixes tratados com 10,0% LEO comparado ao grupo controle. Os níveis de TBARS foram reduzidos em 60% no cérebro dos peixes alimentados com LEO na dieta. O efeito neuroprotetor do açaí transpareceu sobre o comportamento, reduzindo ou abreviando os sinais associados com crises convulsivas (Capítulo 4). De um modo geral, LEO dietético demonstra uma série de efeitos funcionais sobre os juvenis de tambaqui e, portanto, pode ser reconhecido como potencial aditivo alimentar para este peixe. Para promover o crescimento e o metabolismo energético muscular, sugere-se a inclusão dietética de 1,25%, pois é economicamente praticável com satisfatórios efeitos sobre a eficiência alimentar, crescimento e competência antioxidante intestinal. As inclusões de 2,50% a 5,00% LEO 333 em dietas preparatórias para o transporte também são recomendadas, uma vez que melhora a qualidade da água após longo período de transporte, bem como aumenta a capacidade antioxidante do fígado e reduz a LPO em todos os órgãos avaliados dentro de até 12 h de transporte. Por fim, respostas anticonvulsivas e neuroprotetoras em juvenis de tambaqui são possíveis a partir da administração dietética de 5,00% LEO.

fruta amazônica;desempenho zootécnico;estresse oxidativo;energia muscular;transporte;eletrofisiologia.
This study aimed to evaluate the dietary inclusion of lyophilized açai Euterpe oleracea (LEO) as a growth promoter for tambaqui juveniles (Colossoma macropomum), through the measurement of skin pigmentation, antioxidant status, energy metabolism, besides the implications of its intake on resistance to cope with transport stress and neuroprotective activity. The fish (0.92 ± 0.01 g) were fed for 30 days with six isoenergetic and isoprotein diets containing 0.00; 0.63; 1.25; 2.50; 5.00; and 10.0% LEO (w/w). A growth 7-fold higher than the initial weight was achieved at the end of the feeding trial. The inclusion of 5.00% and 10.0% LEO in the diet was significant in terms of weight gain and final body weight. The intake of 1.25% LEO by tambaqui also improved the parameters of feed efficiency, increasing the specific growth rate (SGR). The antioxidant capacity (DPPH), as well as the flavonoids and polyphenols content, were not increased in the muscle. However, dietary açai at 5.00%, intensify of the cyan color in the skin. The lowest açai inclusion level (0.63 %) resulted in higher intestinal antioxidant competence (39.57%), which was not observed in the liver and muscle. In the intestine, the estimated inclusion of 5.47% LEO minimized TBARS levels, while in the liver and muscle there were no significant differences. The inclusion of LEO in the diets showed to be economically feasible up to 1.25% LEO (Chapter 1). Reduction in the muscle triglyceride content (40%) in the muscle was obtained by the intake of 0.63% LEO. Despite this, there were no significant changes in cholesterol, glucose, glycogen and total protein levels in this organ. The electron transport system (ETS) activity in the muscle increased by 76.25% in fish fed with 1.25% LEO compared to the control, and this parameter showed a high correlation (R² = 0.87) with the SGR (Chapter 2). The intake of LEO before transport stress (3, 6, 12 and 24 h of duration) resulted in a dissolved oxygen level 17.7% higher than the observed in the control treatment, after 24 h of transport. The blood glucose level remained similar, regardless of feed treatments or transport times. Total antioxidant capacity (ACAP) and lipid peroxidation (TBARS) were measured in the gills, brain, liver, and muscle. After transport for 12 h, fish treated with 1.25% to 10.0% LEO exhibited higher hepatic antioxidant competence (42% to 53%, respectively). Dietary levels at 2.50% to 5.00% LEO played evident protection against lipid peroxidation in the brain, liver, and gills within a 12 h of transportation, punctually reducing the TBARS levels in the muscle (Chapter 3). Seizure-like state induced by pentylenetetrazole (PTZ) was significantly reduced by LEO intake. The electroencephalographic records show less excitability and lower amplitudes in the cerebral wave tracings in fish fed with 5.00% LEO in the diet and exposed to PTZ. For tambaqui treated with 10.0% LEO, this reduction was 80% higher compared to the control group and TBARS levels were reduced by 60% in fish fed LEO in the diet. The neuroprotective effect of açaí was evident in the fish behavior, reducing or abbreviating the signs associated with seizures (Chapter 4). In general, dietary LEO demonstrates functional effects on tambaqui juveniles and, therefore, can be recognized as a potential food additive for this species. To promote fish growth and muscle energetic metabolism, we suggest a dietary inclusion of 1.25% LEO, because is economically feasible with satisfactory effects on food efficiency, growth, and intestinal antioxidant competence. Inclusions of 2.50% to 5.00% LEO in preparatory transport diets are also recommended because they improve water quality after a long transport period and also increase the antioxidant capacity of the liver and reduce lipid peroxidation in all evaluated organs within 12 h of transportation. Finally, anticonvulsant and neuroprotective responses in juvenile tambaqui are possible with the dietary administration from 5.00% LEO.
Amazonian fruit;zootechnical performance;oxidative stress;muscle energy;transport;electrophysiology
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PORTUGUES
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
O trabalho não possui divulgação autorizada

Contexto

AQUICULTURA
BIOTECNOLOGIA APLICADA A AQUICULTURA
ANTIOXIDANTES APLICADOS À AQUICULTURA

Banca Examinadora

JOSE MARIA MONSERRAT
DOCENTE - PERMANENTE
Sim
Nome Categoria
Jimena Cazenave Participante Externo
RICARDO VIEIRA RODRIGUES Docente - PERMANENTE
JOSE MARIA MONSERRAT Docente - PERMANENTE
MOISES HAMOY Participante Externo
MARCELO HIDEO OKAMOTO Docente - COLABORADOR

Financiadores

Financiador - Programa Fomento Número de Meses
FUND COORD DE APERFEICOAMENTO DE PESSOAL DE NIVEL SUP - Programa de Excelência Acadêmica 48

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