NASCIMENTO, Breno Kalyl Freitas. Universidade Federal do Acre, março de 2020. Salmonella spp., Mycoplasma spp. e Chlamydophila psittaci em psitacídeos domiciliados em Rio Branco, Acre. Orientadora: Vânia Maria França Ribeiro, Co- orientadora: Luciana dos Santos Medeiros. Cerca de 80% dos animais capturados na natureza são pertencentes ao grupo das aves, demonstrando o quão significante é o tráfico dessas. Grande parte das doenças infecciosas emergentes são representadas por patógenos causadores de zoonoses, onde chegam a 60,3% e do total de zoonoses 71,8% têm origem em animais silvestres. A salmonelose, causada pela enterobactéria Salmonella, em animais silvestres é de grande risco para a saúde pública. A psitacose também chamada de clamidiose aviária, causada pelo parasito intracelular obrigatório Chlamydia pscittaci, é uma das principais zoonoses transmitidas de aves para humanos. A Micoplasmose aviária, causada por Mycoplasmas é uma das zoonoses de maior importância nas aves, principalmente na indústria avícola. Este trabalho tem por objetivo; pesquisar a presença de Salmonella spp., Mycoplasma spp. e Chlamydophila psittaci em psitacídeos domiciliados em Rio Branco, Acre. Para isso, foi realizada a contenção manual das aves, a coleta de material fecal e da cavidade oral com swabs estéreis. Posteriormente, realizado microbiologia convencional e testes bioquímicos para Salmonella spp. e teste com PCR para Mycoplasma spp., Chlamydophila psittaci e para Salmonella spp. Foi observado que, a ave de maior predileção para “pet” foi da espécie Amazona ochrocephala. As bactérias Salmonella spp. e Chlamydophila psittaci não estavam presentes nas aves amostradas. Entretanto, foi possível detectar presença de Mycoplasma spp. Os resultados obtidos não asseguram a sanidade destas aves para clamidiose e salmonelose uma vez que, fatores como a intermitência na liberação de patógenos e baixa carga bacteriana podem ter interferido nas técnicas de diagnóstico. Entretanto, há a possibilidades destes animais estarem livres desses patógenos, pois possuem manejo sanitário adequado e possivelmente ao serem capturados não eram carreadores dos mesmos. Aquelas aves detectadas com Mycoplasma spp. possuíam contato com animais de vida livre, seus maiores disseminadores.