Nos últimos anos, vem crescendo o interesse no uso de produtos naturais, compostos bioativos, antioxidantes e bactérias iniciadoras na produção e conservação de produtos lácteos. A indústria do queijo é um dos setores que esses produtos têm grande oportunidade de aplicação. Este trabalho teve como objetivo utilizar a erva-mate (EM)
como cobertura em queijos de leite cru, com Lactococcus lactis ssp lactis FX-01, aplicada nos dias 5, 10 e 20, para avaliar seus efeitos durante 60 dias de maturação. O uso da cobertura de erva-mate aplicada como cobertura seca, fez com que os queijos absorvessem seus compostos, reduziu a perda de peso e impediu a deterioração lipídica através da sua ação antioxidante. O Lactococcus lactis ssp lactis FX-01, como cultura iniciadora, permitiu controlar o pH dos queijos, apresentando no dia 60, média de 4,46%, acelerou a conversão dos açúcares em ácido lático aumentando a acidez até o 20º dia (0,77%) apresentando estabilidade a partir do dia 40 (0,66%), característica de queijo maturado. A coalhada se tornou mais firme devido às reações químicas e microbiológicas do ambiente interno, sendo o tratamento com aplicação da erva-mate no dia 5 (T5) o que apresentou menor dureza (19,30Kg), como efeito de camada protetora da erva-mate que favoreceu a diminuição da perda de umidade para o meio, contrastando com o tratamento sem cobertura (TC) que apresentou maior perda de umidade (12,80%) e maior dureza (59,59Kg). O tratamento que recebeu a erva-mate no dia 5 (T5), foi o que apresentou maiores valores para absorção de compostos bioativos entre os tratamentos e maior coloração de b* no dia 60, características de ponto de maturação. Assim, tem-se na aplicação de erva-mate com adição de bactéria iniciadora, uma alternativa viável para melhorar os efeitos da maturação em queijos de leite cru.