Desenvolvemos um breve histórico da comunidade surda, no mundo e no Brasil, evidenciando o quanto foram discriminados e marginalizados ao longo do tempo, (STROBEL, 2008b), e quais política públicas favoreceram sua inclusão na sociedade. Para tal inclusão seja possível, tratamos da necessidade do uso da língua natural da pessoa surda, no caso do Brasil, LIBRAS, fazendo a diferenciação entre língua e linguagem e a importância do uso dela em sala de aula.
Para alcançarmos uma melhor relação com os alunos surdos, utilizamos a teoria da carga cognitiva, (SWELLER, 2003), e o efeito da atenção dividida, sendo mais específico no deslocamento no olhar, (SOUZA, 2015). Para isso utilizamos o pré-conhecimento, vocabulário criado em parceria com a comunidade surda, para cada novo conceito que iriamos trabalhar em sala. Entregamos o Cd com os referidos sinais, contendo também uma explicação em LIBRAS de cada conceito.
Com o conhecimento prévio dos conceitos e dos sinais referentes a eles, colocamos a imagem do intérprete, durante a aula, no canto do slide, para evitar a atenção dividida. Com o objetivo dividir em pedaços menores o aprendizado, (POLLOCK, CHANDLER e SWELLER, 2002), criar subesquemas, para formar um esquema mais complexo.
Ao final entregamos a aula gravada, áudio e em LIBRAS, pois objetivo é promover a inclusão entre alunos ouvintes e surdos, sendo fornecido um material de apoio ao surdo, principalmente, pois a realidade ainda é precária. O Trabalho foi desenvolvido a ponto de diminuir a sobrecarga cognitiva colocada na memória de trabalho, (MILLER, GALANTER e PRIBRAM, 1960).
Para avaliar o trabalho, ministramos aulas, sem os sinais novos, nem mesmo qualquer tipo de pré-conhecimento, e outra aula com os novos sinais e com o pré-conhecimento. Obtivemos bons resultados e uma enorme satisfação dos surdos, pois em seus depoimentos, nos relatam que passaram a fazer parte da aula, o que antes não era possível.