A audiodescrição é uma ferramenta indispensável e utilizada para garantir maior acessibilidade à informação visual de indivíduos com deficiência visual ou cegos, e consiste na tradução das imagens em palavras. Contudo, essa é uma operação bastante complexa, pois não basta apenas descrever o que se vê, mas o que é relevante para a organização semiótica da figura em questão. A partir desses pressupostos, foi realizada pesquisa com discentes dos cursos de licenciatura em física e ciências naturais, na Universidade Federal do Pará, e com professores da rede pública e privada de ensino. A pesquisa teve como corpus 4 imagens em tópicos de mecânica, comumente encontradas em livros textos de física, para os quais foram solicitados uma descrição das mesmas com discentes de graduação. Também, trabalhou-se com alunos de ensino médio cegos e baixa visão na formulação de imagens audiodescritas em problemas de dinâmica. Por fim, foi realizada uma pesquisa junto aos professores onde buscávamos verificar se a maioria destes professores teve contato e se sua licenciatura os contemplava com algum processo metodológico voltado para a inclusão de pessoas com deficiência. A presente pesquisa no que se refere à tipologia da pesquisa caracteriza como sendo descritiva, com uma pesquisa de campo, além disto, a pesquisa possui o caráter qualitativa e quantitativa. Nesse sentido, foi aplicado um questionário semiestruturado com vinte questões abertas de múltipla escolha, abordando questões relacionadas com a percepção da amostra de professores escolhida sobre a possibilidade de utilizar a audiodescrição nas aulas de física e foi constituído por duas partes: a primeira parte com a identificação do professor, a segunda parte trato especificamente da demanda encontrada no contexto escolar sobre a deficiência visual. Podemos concluir que Vale destacar que os professores da amostra pesquisada percebem a importância da audiodescrição nas práticas do contexto escolar com pessoas com deficiência visual. Entendemos que é vital buscar-se instrumentos, ou mesmo efetivar os já conquistados, por isso, vislumbramos a necessidade do estabelecimento de uma política pública que leve em consideração a audiodescrição como um processo fundamental para a inclusão dos deficientes visuais, sendo capaz de possibilitar, novas experiências e sentimento de pertencimento social para eles, ao permitir acesso à ambientes, peças teatrais, filmes, seminários, museus entre outros. Contudo, não se pode esquecer que todo o avanço tecnológico que vem ocorrendo na escola pode ser melhorado em larga escala, desde que o Estado e o Poder Público tenham em mente que por meio da utilização da audiodescrição ou outro recurso tecnológico podem ser colocados a disposição dos professores de forma eficaz, possibilitando que o conteúdo possa ser ilustrado de forma mais clara possível.