Dois experimentos foram conduzidos para avaliar os efeitos da suplementação de nucleotídeos e de ácido guanidinoacético (GAA) na dieta, além do efeito de interação do GAA, níveis de arginina (Arg) e glicina (Gly) sobre o desempenho zootécnico, parâmetros sanguíneos, contagem diferencial de leucócitos, atividade mitótica das células satélites, rendimento de carcaça e cortes, absorção do anexo embrionário, desenvolvimento de órgãos e peito, qualidade da carne, incidência de miopatias peitorais e lesões cutâneas em frangos de corte. No primeiro experimento os animais foram distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado, contendo três tratamentos, oito repetições e 25 aves por unidade experimental. Os tratamentos foram compostos de uma ração controle (RC), RC suplementada com 1 g kg-1 de nucleotídeos (até os 28 dias de idade das aves) e RC suplementada com 0,6 g kg-1 de GAA. No segundo, as aves foram distribuídas um delineamento composto central rotacionado com dupla malha experimental. Cada malha experimental, representada pela inclusão de 0,6 g kg-1 de GAA ou não, apresentou quatro pontos fatoriais (combinação dos níveis 96,4 e 117,6% de Arg e 132,5 e 161,5% de Gly), quatro pontos axiais (combinação dos níveis 92 e 122% de Arg e 127 e 168% de Gly), e um ponto central, representado pelo par 107% de Arg e 147% de Gly, totalizando 18 tratamentos. Cada ponto fatorial e axial possuiu quatro repetições e os dois pontos centrais apresentaram 24 repetições cada, todos com 25 aves por repetição. No primeiro experimento, a dieta com GAA melhorou a conversão alimentar (CA), ganho de peso e aumentou a concentração de creatina quinase no soro de frangos de corte na fase de 1 a 10 dias, em relação ao tratamento controle. A suplementação de GAA proporcionou uma redução na ocorrência de dermatose, na incidência dos escore moderado e média dos escores do peito madeira (Wooden breast - WB), ainda reduziu as proporções do escore severo e média dos escores de estrias brancas (white striping - WS) aos 42d, em comparação as aves que receberam a dieta com nucleotídeos. No segundo experimento a CA de 1 a 10 dias, apresentou uma resposta linear decrescente para os níveis de Arg e quadrático em função dos níveis de Gly. As aves suplementadas com o GAA, no período de 1 a 10 e 1 a 42 dias, apresentaram uma melhor CA quando comparado ao grupo que não recebeu. As concentrações de AST exibiram resposta linear crescente e um efeito linear decrescente em função dos níveis de Arg e Gly, respectivamente. A suplementação de GAA diminuiu as concentrações sanguíneas de AST. Houve um aumentou na ocorrência do escore leve e uma redução na soma dos escores moderado+severo do WB em peitos de frangos que receberam a dieta com GAA. Ainda, a proporção de ocorrência do grau normal aumentou enquanto a do escore severo do WS foi reduzida com a suplementação do GAA. Em conclusão, suplementação de nucleotídeos às dietas aumenta da incidência de miopatias, não tendo efeito sobre as demais variáveis. A suplementação dietética de GAA melhorou o desempenho de frangos de corte na fase de 1 a 10 e de 1 a 42 dias, bem como, reduziu a severidade do WB, WS e a ocorrência de dermatoses em frangos de corte, aos 42 dias de idade. O aumento relação de Arg:Lys e Gly:Lys digestível, em 10 e 16% das recomendações, proporcionam uma melhora na CA na fase inicial.