Partindo de uma investigação dos movimentos interpretativos que levaram o entendimento humano a interiorizar a physis na consciência, até a efetivação de uma ruptura entre ela e a alma, o imóvel, o eterno e o divino, percorri as searas do conhecimento interpretativo e expressivo da physis, dissertando sobre suas definições, limites e relações, até alcançar referências e valores humanos sobre o meio ambiente, o corpo e a natureza, tendo como fio condutor as hierarquias de forças que se configuraram entre eles na expressividade humana. Para tanto e em paralelo com os movimentos significativos da physis, investiguei as tentativas geográficas, desde os helenos, passando pelo período de dominação romana, pelo resgate moderno da geografia e suas tentativas de estabelecimento de uma ciência positiva, até as últimas expressividades levadas a termo a partir de finais do século XX. Alcançada tais conquistas, procurei contrapor minha interpretação da filosofia nietzschiana às propostas da ciência geográfica moderna, a partir de avaliações sobre as valorações desta a respeito do meio e do corpo, tanto em sua grande como pequena razão, sempre, como já afirmado, considerando o movimento a partir das dinâmicas de configurações transitórias de hierarquias de forças. Por fim, e em consonância com as mais recentes conquistas cientificas e sobretudo tecnológicas, levantar possibilidades de expansão do conhecimento interpretativo da physis e da geo, inserindo, mesmo que apenas em perspectiva inicial, a própria Filosofia em movimentos de aberturas tensionais e corretivas com o pensamento pós-humano, sobretudo em sua expressão trans-humana.