A pesquisa trata de um estudo sobre a Cultura do Consumo no século XXI, realizada através de busca bibliográfica, com destaque para os autores Zigmunt Bauman e Guilles Lipovetsky. Com base nesses autores, delineamos o contexto de uma sociedade que tem como sustentação o hiperconsumo. O consumismo apresenta-se como um dos mais complexos e preocupantes problemas da vida moderna. O Consumo emocional que ludibria e fomenta os indivíduos a buscarem a satisfação pessoal por meio do acúmulo de bens materiais, inspira uma sociedade que se sustenta na obsolescência programada, no culto ao efêmero, à moda e ao prazer momentâneo, a qual Bauman (2008) denomina de sociedade líquido – moderna. A pesquisa bibliográfica foi o suporte teórico para elaboração de proposta de Intervenção Pedagógica, para a Disciplina de Matemática, com aplicação no PROEJA/ IFRN (Campus Mossoró). Tal proposta foi fundamentada na abordagem sociocultural e sua aplicação sob o enfoque da aprendizagem dialógica. Objetivamos abordar o conteúdo da matemática financeira Juros Simples e Compostos, de forma contextualizada e, desta forma, desenvolver a prática de ensino norteada pela realidade social, a qual os sujeitos estão inseridos. O conhecimento matemático apresentado consiste em uma ferramenta que nos permite compreender as relações comerciais, as quais são estabelecidas quando no ato de comprar e, com isso, sermos capazes de avaliar de forma crítica, se o que está sendo proposto é vantajoso, considerando o próprio orçamento familiar. Porém, a maior ferramenta é a consciência formada, com vistas à construção de uma sociedade sustentável, do ponto de vista dos recursos naturais utilizados para produzir o que consumimos, a qual se ampara na adoção de práticas sustentáveis e do viver com simplicidade, abdicando, desta forma, dos adornos que alimentam as vaidades humanas e, ao mesmo tempo, destroem a ética e o sentimento em prol do bem estar coletivo. Observamos, que uma das motivações para o trabalho é o alcance de bens materiais e não apenas o sustento familiar. Durante a intervenção, não houve qualquer menção ao fato de limitarmos os nossos desejos, com base no que se ganhava, mas apenas de aumentar a renda e subir degraus na vida material.