Estudos com minerais orgânicos têm sido desenvolvidos com finalidade de garantir
melhor absorção desses nutrientes no trato intestinal dos peixes, sendo esses quelatados,
principalmente, com aminoácidos ou leveduras, as quais possuem mais sítios ativos de
absorção. O objetivo deste estudo foi avaliar a substituição de fontes minerais (selênio, zinco,
ferro, cobre e manganês) inorgânicas (MI) por orgânicas (MO) em dietas durante o ciclo de
vida da tilápia do Nilo (Larval e Juvenil/Reprodutora em 1o e 2° Maturação Gonadal). Dietas
foram formuladas com distinção nas fontes minerais, sendo cinco tratamentos: 0%, 25%, 50%,
75% e 100% MO. Para larvas recém-eclodidas ofertou-se os tratamentos e realizaram-se
amostragem no 4°,16°, 23° e 30 dias pós-eclosão (dpe) para avaliar desempenho produtivo,
deformidades ósseas e atividade de enzimas do estresse oxidativo. Na fase juvenil/reprodutora
de tilápia do Nilo em 1a e 2a maturação gonadal foram avaliados parâmetros zootécnicos,
reprodutivos, enzimáticos e índices econômicos. Na fase larval os resultados mostraram
diferenças para as médias de peso, comprimento final e ganho em peso das larvas. As
deformidades observadas foram correlacionadas com 75% e 100% MO e as atividades das
enzimas CAT e GPx apresentaram diferenças entre tratamentos no 4o, 16o, 23o e 30o dpe, sendo
o 100% MO superior para CAT e 50% MO para GPx. Na fase reprodutora observou-se
diferenças no peso final de fêmeas em 1a e 2 a maturação e machos em 2a maturação. O IGS
apresentou diferença para machos com 75% MO entre ciclos e fêmeas em 2a maturação entre
tratamentos e, entre os ciclos reprodutivos, para 100% MO. As fêmeas em 2a maturação
apresentaram diferenças para o número e peso total de ovos entre tratamentos. Volume, número
e peso total de ovos e número de larvas foram superiores na 2a maturação. Não observaram-se
diferenças para normalidade, concentração e sobrevivência espermática e o volume de sêmen
foi superior na 1a maturação com 50% e 75% MO. Os índices econômicos foram viáveis na 2a
maturação. Em conclusão, os tratamentos com suplementação de 75% e 100% MO
apresentaram maiores correlações com as deformidades estudadas. O tratamento 00% MO
mostrou valores superiores para as atividades da CAT e GPx, evidenciando que os minerais
orgânicos podem ter propiciado melhora no sistema antioxidante dos peixes. Diante desses
fatos os minerais orgânicos possuem relevância em pesquisas futuras, uma vez que, há
comprovações conflitantes quanto a biodisponibilidade para o peixe.