O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de três aditivos alimentares - monensina sódica (MON; 31,3 mg / kg MS), monensina com adição do aditivo tamponante Lithothamnium calcareum (MON + LC; 31,3 mg / kg MS + 5g / kg MS) ou uma mistura de óleos essenciais (BEO; 0,3 g / kg MS) e suas interações com dois grupos raciais de bovinos de corte - Nelore (NEL) vs. cruzamento industrial (CROSS) - em uma dieta de terminação em confinamento. Noventa touros da raça Nelore (peso inicial = 394 ± 34 kg) e noventa touros cruzados (peso inicial = 406 ± 31 kg) foram alimentados por 112 dias com dieta basal contendo 8,5% de bagaço de cana, 42,2% de milho moído fino, 41,7% de polpa cítrica, 5% de farelo de soja, 1,3% de uréia, 0,35% de cloreto de sódio e 0,95% de núcleo mineral e vitamínico (na base de MS), variando apenas o tipo de aditivo adicionado à dieta. Os tratamentos foram NEL+MON; NEL+MON+LC; NEL+BEO; CROSS+MON; CROSS+MON+LC; CROSS+BEO. O delineamento estatístico foi o de blocos completos casualizados, com arranjo fatorial 2 x 3 (2 grupos raciais e 3 aditivos alimentares). Foram avaliados: consumo de matéria seca (CMS), ganho médio diário (GMD), eficiência alimentar (G:F), peso de carcaça quente (PCQ), rendimento de carcaça e as energias líquidas das dietas durante o período experimental. Os dados foram analisados usando o PROC MIXED do SAS. A baia foi considerada a unidade experimental. Não houve interações entre grupos raciais e aditivos alimentares (P> 0,05). Os touros CROSS apresentaram maior CMS (P <0,001), GMD (P <0,001), peso final (P <0,001) e PCQ (P <0,001) que os touros NEL. Os touros CROSS também foram mais eficientes na utilização de energia para mantença e ganho que os touros NEL (P <0,001). O CMS foi menor (P <= 0,05) para animais alimentados com MON+LC (8,127 kg) que animais alimentados com BEO (9,255 kg). O GMD (P = 0,177) e o peso corporal final (P = 0,238) não foram afetados pelos aditivos. Os aditivos não alteraram o PCQ (P = 0,252) nem o RC (P = 0,826). No entanto, a eficiência de utilização de alimentos foi maior (P = 0,048) para animais alimentados com MON (0,151) do que para animais alimentados com BEO (0,138). As energias líquidas de mantença e ganho foram maiores (P <= 0,05) para animais alimentados com MON (2,182 e 1,490 Mcal/kg) do que para animais alimentados com BEO (2,020 e 1,362 Mcal/kg). A relação de energia líquida observada: esperada também foi influenciada pelos aditivos (P <= 0,05). Os animais alimentados com MON apresentaram a energia líquida observada 32,3% e 43,2% maior do que a esperada para manutenção e ganho, respectivamente, enquanto que os animais alimentados com BEO apresentaram energia líquida 22,4% e 30,9% maior para manutenção e ganho, respectivamente. A combinação do aditivo tamponante de alga marinha com monensina não teve efeito positivo, nem sinergistico, quando comparado ao uso da monensina sozinha. A monensina foi mais eficiente que o BEO em eficiência alimentar e utilização de nutrientes.