As técnicas cromatográficas aplicadas nos extratos e partições de Uroclhoa ruziziensis, aliado a aplicação de métodos físicos de análise orgânica, possibilitaram o isolamento e a identificação de oito substâncias; dentre elas os ácidos orgânicos já conhecidos no gênero, um flavonoide, a tricina, e duas saponinas esteroidais, dioscina e collettinsídeo III, e as saponinas 3-O-β-D-glicopiranosil-sitosterol e 3-O-β-D-glicopiranosil-estigmasterol. Como análise adicional ao estudo fitoquímico clássico, os extratos brutos de U. ruziziensis e U. humidicola foram analisados por desreplicação com CLUE-EM. A comparação dos perfis cromatográficos e EM permitiu perceber que apresentaram em comum a presença de saponinas com esqueleto diosgenina e penogenina, sendo frequente as unidades de açúcar do tipo ramnose e glicose. Na espécie U. ruziziensis foi possível identificar mais sete substâncias, dentre elas quatro flavonoides, carlinosideo, schaftosideo, isoschaftosideo e ombuina 3-O-rutinosideo. As saponina dioscina e/ ou collettinsídeo III, que também foram identificadas durante o isolamento cromatográfico, e a penogenina-3β- O- β-D-glicopiranosil-[(2-1)-O-α-L-ramnopiranosil-(4- 1)-O-α-L-ramnopiranosil. Na espécie U. humidicola foi possível identificar, através da desreplicação, cinco substâncias. Os flavonoides derivados da tricetina, a Tricetina-7-metil-eter-3’-O-β-D-glicosil-5’-O-α-L-raminosideo e a sugestão da inédita Tricetina 4’-O-β-D-glicosil-[(2-O-1)-α-ramnosil-(1-O-1)-α-ramnosil, e as saponinas Pariphyllin A, Solanigroside H, e 3-O-β-D-glicopiranosil-(1-4)-α-L-ramnopiranosil-(1-4)-β-D-glicopiranosil-(1-4)-[α-L-ramnopiranosil-(1-2)]-β-D-glicopiranosideo-espirosta-5-eno. Percebeu-se diferenças específicas principalmente nos tipos flavonoides presentes em ambas, já que em relação às classes de metabólitos já esperávamos a identificação das saponinas esteroidais e flavonoides.
A contribuição ao estudo fitoquímico com a espécie Cespedesia spathulata, permitiu expandir os conhecimentos com relação à composição fitoquímica da espécie. Além do biflavonoide ochnaflavona já identificado, os processos cromatográficos e os métodos físicos de análise permitiram identificar mais vinte seis substâncias. A partição acetato de etila, oriunda do extrato bruto das folhas desta espécie, e as substâncias ochnaflavona, a mistura catequina e epicatequina, isoladas da mesma partição, tiveram seu potencial influenciador enzimático testado frente a ação da enzima tirosinase. Tanto a partição quanto o as catequinas demonstraram ativação sobre a ação da enzima, 104% e 384%, respectivamente.