Salmonella enterica, é reconhecidamente o agente etiológico bacteriano, mais associado a doenças de veiculação alimentar (DVA’s) e apesar de grande parte dos alimentos veiculadores serem de origem avícola, outras matrizes alimentares como pescados, não podem ser descartados como alimentos veiculadores em potencial desse patógeno. Pelo exposto, objetivou-se com este trabalho verificar o perfil de suscetibilidade de Salmonella enterica para ácido nalidixico (30μg), ampicilina (10mg), cefotaxima (30μg), ceftriaxona(30μg), ciprofloxacina(5μg) e sulfametazol trimetropim (5μg). Determinar a presença de perfis de multirresistência. Detectar a presença do Integron de classe 1 e gyrA e analisar a associação desses, com o perfil de resistência antimicrobiana. Detectar a presença dos genes de virulência invA, hilA, hilD, lpfA e spvR nas cepas de Salmonella enterica isolados de pescado. A maior frequência de resistência foi obervada para ácido nalidíxico, 51,2% (21/41), seguido por cefotaxima e ampicilina, com 36,5% cada (15/41), ceftriaxona 29,2% (12/42), sulfametazol trimetropim 21,9% (9/42), e ciprofloxacino 14,6% (6/42). Foram identificados 17 perfis de resistência à antimicrobianos e 51,2% (21/41) dos isolados apresentaram multirresistência. O Integron de Classe 1 foi detectado em 68,3% (28/41) dos isolados. Apesar de número considerável de detecções, a presença do Integron de classe 1 demonstrou associação apenas para a resistência à ceftriaxona. O gene gyrA, em 78% dos isolados (32/41). O gene de virulência invA foi identificado em 100% (41/41), spvR em 70,7% (29/41), hilD em 24,4% (10/41) e hilA em 21,9% (9/41) e lpfA em 19,5% (8/41) dos sorovares identificados de Salmonella enterica. Foram identificados nove perfis de virulência (A, B, C, D, E, F, G, H e I). Ao todo, 50 % dos isolados se agruparam no perfil H, que possui como característica a ocorrência de dois genes de virulência simultaneamente. O conhecimento dos perfis de virulência e resistência dos isolados permite afirmar que os sorovares identificados oriundos de pescado são potencialmente virulentos e demandam vigilância por parte dos órgão de vigilância e saúde pública.