A enxertia cutânea é uma técnica cirúrgica simples e bastante útil para o reparo de feridas, principalmente nas quais existe dificuldade da aplicação do fechamento primário ou de outras técnicas reconstrutivas. Entretanto, para a sobrevivência do enxerto, é necessário que o leito da ferida esteja saudável e com a presença de um tecido de granulação saudável. Objetivou-se com este trabalho foi comparar diferentes ondas do laser de baixa intensidade e do óleo de girassol ozonizado como potenciais estimulantes da cicatrização em enxertos aplicados em feridas sem tecido de granulação em coelhos. Para isso, foram elaborados dois experimentos onde o primeiro comparou a laser de baixa intensidade (LBI) de onda contínua com a LBI pulsada (Capítulo 2), no qual 31 coelhos foram distribuídos em três grupos, grupo controle (GC), grupo laser onda contínua (GLC) e grupo laser onda pulsada (GLP). O segundo experimento comparou a LBI de onda contínua com a aplicação tópica de óleo de girassol ozonizado (OGO) (Capítulo 3) e 32 coelhos também foram distribuídos em três grupos, sendo grupo controle (GC), grupo laser (GL) e grupo ozônio (GO3). No primeiro experimento, os grupos GLC e GLP apresentaram evolução semelhante, com processo cicatricial satisfatório do enxerto em ambos, ao contrário do grupo GC. Tais resultados se mantiveram na avaliação microscópica, pois o GC apresentou correlação significativa com critérios ligadas à falha do enxerto. Já no segundo experimento, novamente ficou comprovado a ineficácia do leito doador sem tecido de granulação em proporcionar ambiente ideal para cicatrização dos enxertos. Os grupos GL e GO3 apresentaram evolução superior comparado ao GC, embora tenha ocorrido maceração nos enxertos dos animais do que receberam OGO, interferindo negativamente no processo de revascularização.