Foram realizados três experimentos para avaliar a adição de fitogênicos (erva-mate, folhas de chá verde, hibisco e estévia) na alimentação de frangos de corte, na fase de 1 a 21 dias (Experimento I) e de 21 a 42 dias (Experimento II), e poedeiras comerciais (Experimento III). No experimento I, foi avaliado o desempenho, perfil bioquímico sérico, morfometria intestinal, peso relativo dos órgãos e sistema imune, na fase de 1 a 21 dias de idade. Foram utilizados 700 frangos de corte Cobb® machos (1 dia de idade), distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos: Controle (isenta de aditivo); Erva-mate 0,5%; Chá verde 0,5%; Hibisco 0,5% e Estévia 0,5%, com sete repetições e 20 aves por unidade experimental. A suplementação dos fitogênicos, não influenciaram (P>0,05) o ganho de peso e consumo de ração. Entretanto, a erva-mate apresentou melhor conversão alimentar (P<0,05) em relação ao tratamento controle. Não foi observado efeito (P>0,05) com a suplementação dos fitogênicos sobre o perfil bioquímico sérico, peso relativo dos órgãos do trato gastrointestinal e linfoides, e comprimento do intestino. A suplementação de erva-mate apresentou maior relação vilo:cripta no jejuno (P<0,05), quando comparado ao tratamento controle. Para a reposta imune celular, mediada pela fitohemaglutinina, houve interação (P<0,05) entre os fitogênicos e tempo de reação. No tempo de 24 horas pós-inoculação, a suplementação de erva-mate, chá verde e hibisco apresentaram (P<0,05) menor reação inflamatória em comparação ao tratamento controle e a estévia. E no período de 48 horas, mantiveram a mesma relação, com menores valores de reação inflamatória com a suplementação de erva-mate, chá verde e hibisco. Os fitogênicos proporcionaram menor (P<0,05) número de heterófilos e menor relação H/L em relação ao tratamento controle. Com a suplementação de chá verde e hibisco, houve maior (P<0,05) título de anticorpos em relação ao controle, não diferindo da erva-mate e estévia. Em conclusão, o uso dos fitogênicos como aditivos, ao nível de 0,5%, na alimentação de frangos de corte durante a fase de 1 a 21 dias de idade podem melhorar a morfometria intestinal, podendo diminuir conversão alimentar. Do mesmo modo, a erva-mate, chá verde, hibisco e a estévia, podem reduzir o estresse das aves por seus conhecidos efeitos anti-inflamatórios, como mostrou a redução na relação H/L. Além disso, o chá verde e o hibisco podem ser aditivos importantes para melhorar o sistema imune humoral. No experimento II, foi avaliado o desempenho, perfil bioquímico sérico, peso dos órgãos, qualidade e oxidação lipídica da carne, na fase de 21 a 42 dias de idade. Foram utilizados 1134 frangos de corte Cobb® machos, distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 4x2+1 (fitogênicos x níveis + controle) totalizando 9 tratamentos, com sete repetições e 18 aves por unidade experimental. Os níveis avaliados dos fitogênicos foram de 0,5 e 1,0% de suplementação. Não houve interação (P<0.05) entre os aditivos e os níveis dos fitogênicos, para os parâmetros avaliados, com exceção para a porcentagem de gordura abdominal. Ao aumentar o nível de suplementação do chá verde para 1,0% houve menor porcentagem de gordura abdominal (P<0.05) e avaliando os aditivos ao nível de suplementação de 1,0%, houve menor valor para o chá verde comparado com a estévia. A suplementação de chá verde diminuiu (P<0.05) o consumo de ração e o ganho de peso das aves, comparado com a erva-mate e a estévia, todavia não diferiu do hibisco. Entretanto, não foi observado diferença para conversão alimentar. Não foi observado efeito dos aditivos fitogênicos sobre o perfil bioquímico sérico, peso relativo dos órgãos do trato gastrointestinal e comprimento do intestino. Contudo, foi observado maior CRA com a suplementação de erva-mate e chá verde, e maior valor com a suplementação dos aditivos ao nível de 1,0%. Para os valores de malonaldeído, a suplementação de erva-mate e chá verde ao nível de 1,0% diminuiu os valores em relação ao tratamento controle. Em conclusão, a suplementação de 1,0% de erva-mate, chá verde e hibisco nas dietas de frangos de corte durante a fase final, pode diminuir o consumo de ração e ganho de peso, embora não alteram a conversão alimentar. Todavia, a suplementação de erva-mate e chá verde melhoram a qualidade da carne e ao nível de 1,0% de suplementação reduz a oxidação lipídica da carne. No experimento III, foi avaliado o desempenho produtivo, perfil bioquímico sérico, qualidade dos ovos e oxidação lipídica do ovo. Foram utilizadas 320 poedeiras comerciais (33 semanas de idade), Hy-Line W36, distribuídas em um delineamento inteiramente casualizado, divididos em cinco tratamentos: Controle (isenta de aditivo); Erva-mate 0,5%; Chá verde 0,5%; Hibisco 0,5% e Estévia 0,5%, com oito repetições e oito aves por unidade experimental. O desempenho produtivo foi avaliado durante 4 ciclos de 21 dias cada, e a qualidade dos ovos foi avaliada nos quatro últimos dias de cada ciclo. A suplementação dos fitogênicos nas dietas não alteraram (P>0,05) o desempenho produtivo, perfil bioquímico sérico, peso do ovo, espessura de casca e Unidade Haugh. Porém, observou-se menor (P<0,05) porcentagem de casca dos ovos das aves que receberam suplementação de chá verde, quando comparado com o tratamento controle e a estévia. A oxidação lipídica dos ovos foi realizada sob um esquema fatorial 5 x 6 x 2 (5 tratamentos x 6 períodos de armazenamento x 2 ambientes). Houve interação (P<0,05) entre tratamentos e períodos de armazenamento, para os valores de malonaldeído, avaliado pelo método de TBARS, nas gemas, apresentando menores valores para os tratamentos suplementados com erva-mate, chá verde e hibisco comparados com o controle, nos dias 0, 5 e 10 de armazenamento, independente do ambiente de armazenamento. Em conclusão, a adição dos fitogênicos em pó na alimentação de poedeiras comerciais ao nível de 0,5% ou 5 g/kg de dieta, não alteraram os parâmetros de desempenho. No entanto, a suplementação de erva-mate, chá verde e hibisco nas dietas das aves, podem diminuir a oxidação lipídica do ovo.