Dois experimentos foram conduzidos com o objetivo de determinar a metabolizabilidade, a composição química, os valores energéticos e os coeficientes de metabolizabilidade de nutrientes do resíduo de estévia em frangos de corte e de avaliar os efeitos da sua inclusão na dieta sobre o desempenho, o rendimento de carcaça e as atividades antioxidantes e anti-inflamatórias. Um terceiro experimento foi realizado com o objetivo de avaliar a utilização de cálices de hibisco como aditivo na alimentação de frangos de corte na fase de 28 aos 42 dias de idade e seus efeitos sobre o desempenho, o rendimento de carcaça e a qualidade da carne. Resíduo de estévia - Experimento Ι - Foram utilizados 140 frangos de corte, machos, com 21 dias, distribuídos em um delineamento experimental inteiramente casualizado, com cinco tratamentos, sete repetições e quatro aves por unidade experimental. Para determinar o valor energético e a composição do alimento, foi utilizado o método de coleta total de excretas. Os tratamentos consistiram em quatro rações com níveis de 5%, 10%, 15% e 20% de resíduo de estévia em substituição à ração referência. A energia e os coeficientes de metabolizabilidade do alimento alternativo foram determinados por meio de ajuste de equações, obtendo assim a EMA e EMAn estimadas em 1268,60 e 1237,91 kcal/kg, respectivamente. O alimento apresentou 14,86% de PB, 3,8% de MM e 3,3% de EE expressos na matéria seca. Experimento ΙІ - Foram utilizados 700 pintos de corte machos de 1 dia da linhagem comercial Cobb, distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos (níveis de inclusão de resíduo de estévia – 0,0; 2,5; 5,0; 7,5 e 10,0%), com sete repetições e 20 aves por unidade experimental. A inclusão de estévia nas rações diminuiu linearmente (p<0,05) o ganho de peso, e proporcionou um aumento linear da conversão alimentar (p<0,05), sem influenciar o consumo de ração (p>0,05). Os órgãos gastrointestinais não apresentaram efeito com o aumento da inclusão do resíduo. Não houve efeito no rendimento de carcaça (p>0,05), porém, observou-se a redução (p<0,05) do rendimento de peito e o aumento da porcentagem de gordura abdominal (p<0,05) com o aumento dos níveis. Os níveis séricos de colesterol apresentaram uma resposta linear decrescente (p<0,05) com a inclusão da estévia. Os aspectos de qualidade de carne (cor, pH e capacidade de retenção de água) não foram influenciados (p>0,05). Para avaliação da oxidação lipídica da carne, foi observada interação (p<0,05) entre os níveis de resíduo de estévia (0,0%, 2,5%, 5,0%, 7,5% e 10,0%) e tempo de armazenamento (0, 3, 6, 9 e 12 dias), onde dentro do dia 0, a maior concentração de malonaldeído (MDA) encontrada foi para as dietas sem inclusão de estévia. E para os dias 9 e 12, o tratamento que apresentou maior oxidação foi de 5,0% de inclusão. Para os níveis de inclusão de resíduo de estévia, foi observado que a concentração de malonaldeído aumentou a partir do dia 3, para o tratamento contendo 2,5% de inclusão, e a partir do dia 9 para os tratamentos contendo de 5,0% a 10,0% de resíduo de estévia. Para o peso relativo dos órgãos linfoides, houve um aumento linear (p<0,05) do peso do timo e da bolsa cloacal, e uma redução linear (p<0,05) para o peso do baço. A reação inflamatória à fito hemaglutinina apresentou interação entre os níveis de estévia (0,0%, 2,5%, 5,0%, 7,5% e 10,0%) e o tempo (6, 12, 24, 48 e 72 horas). Após 24 horas, o tratamento com 10,0% de estévia se apresentou maior reação. Com 2,5% de inclusão, às 12 horas a reação apresentou-se maior e para 5,0%, a maior reação foi observada após 48 horas. Com 10,0% de inclusão, a maior reação foi encontrada após 48 horas. O resíduo de estévia apresentou 1268,60 e 1237,91 kcal/kg de EMA e EMAn, respectivamente. Não interferiu no ganho de peso e conversão alimentar até 2,5% de inclusão nas rações de frangos de corte no período de 1 a 42 dias de idade, e influenciou positivamente a qualidade de carne e as atividades antioxidante e anti-inflamatória. Experimento ІIІ: Cálices de hibisco - Foram utilizados 450 frangos de corte, de 28 dias de idade, da linhagem comercial Cobb, distribuídos em um delineamento experimental inteiramente casualizado, com cinco tratamentos (0,0; 0,15; 0,30; 0,45 e 0,60% de inclusão de hibisco) e seis repetições de 15 aves por unidade experimental. O ganho de peso piorou (p<0,05) com o aumento da inclusão de hibisco, no entanto, não foram observadas diferenças (p>0,05) para o consumo de ração e conversão alimentar. O hibisco não apresentou efeito (p>0,05) sobre o peso relativo dos órgãos gastrointestinais, com exceção do peso relativo do intestino delgado (p<0,05). Para o rendimento de carcaça, cortes e porcentagem de gordura abdominal, a inclusão de hibisco não apresentou efeito (p>0,05). Para a qualidade de carne, foi observada uma queda linear do pH de coxa e sobrecoxa e de peito (p<0,05) conforme os níveis de hibisco. Houve uma redução linear da luminosidade (P<0,05), um aumento da perda de peso por cocção (P<0,05) e uma resposta quadrática para força de cisalhamento da carne do peito, na qual o ponto mínimo encontrado foi com 0,26% de hibisco. A adição de hibisco na dieta de frangos não promoveu melhorias no desempenho das aves e rendimento de carcaça dos 28 aos 42 dias de idade.