Objetivos: Avaliar a efetividade de um programa de exercícios funcionais na melhora da dor, capacidade funcional, qualidade de vida, cinesiofobia, consumo de medicamentos, satisfação do paciente e percepção de esforço em adultos com lombalgia crônica inespecífica. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico, controlado, randomizado, simples cego, com análise por intenção de tratar e seguimento de 24 semanas. Oitenta e quatro pacientes foram randomizados para o grupo experimental (GE) ou controle (GC). Os pacientes do GE participaram do programa de exercício funcional durante 12 semanas, 2 vezes na semana. O programa de exercício funcional foi composto por 12 exercícios globais que trabalhavam grupos musculares do tronco, membros inferiores e superiores com progressão a cada 4 semanas. A progressão foi realizada através do aumento de dificuldade no exercício, do número de repetições, da carga ou do tempo na manutenção de posturas. Os dois grupos receberam uma aula de educação sobre a doença e foram orientados o uso de analgésico se necessário. Os pacientes foram avaliados em relação a dor lombar (END), capacidade funcional (questionários Oswestry e Roland Morris, teste de caminhada de 6 minutos, TUG e BORG), cinesiofobia (FABQ), qualidade de vida (SF-36) no início do estudo (T0), após 6 semanas (T6), após 12 semanas (T12) e após 24 semanas (T24) por um avaliador cego. Resultados: Os grupos foram homogêneos na avaliação inicial. Usando o GLM (Generalized Linear Models), encontramos melhores resultados para o GE quando comparado ao GC com diferença estatisticamente significante para END (p<0,001), Oswestry (p<0,001), Roland Morris (p<0,001), FABQ trabalho e atividade física (p<0,001), para maioria dos domínios do SF-36, teste TUG (p=0,005) e Borg (p=0,012). Já o GC foi diferente apenas no consumo de comprimidos. Para as demais variáveis, não encontramos diferença estatisticamente significante entre os grupos. Conclusão: O programa de exercícios funcionais foi efetivo na melhora da dor, capacidade funcional, cinesiofobia, qualidade de vida e percepção de esforço após teste de caminhada de adultos com dor lombar crônica.