Atualmente, constata-se que a competitividade exacerbada predomina em muitas instituições e sociedades, e embora exista cooperação, interesses individuais e de grupos se impõem frequentemente numa busca pela obtenção do máximo benefício no curto prazo. Por outro lado, sempre há a possibilidade de que prevaleça o trabalho colaborativo, onde a diversidade trazida por diferentes pessoas, áreas e culturas, seja usada em favor de objetivos comuns, que tornem grupos e sociedades mais justos e prósperos. Por definição, a cooperação é o comportamento colaborativo entre pessoas, dirigido ao alcance de um objetivo, no qual há um interesse comum e perspectiva de recompensa, de benefícios mútuos. Esse trabalho partiu de pesquisas realizadas no âmbito da Antropologia, Sociologia e Psicologia Social, e seguiu, com a aplicação de uma pesquisa empírica cujo instrumento foi a escala de Likert, elaborada com base nesse referencial, que mediu as crenças dos gestores de uma organização sem fins lucrativos, relacionadas a condutas cooperativas e competitivas na organização. Buscou-se, também, conhecer os principais fatores incentivadores e impeditivos à cooperação, e recomendações para sua implementação nessa organização. A análise dos resultados indicou a crença compartilhada acerca da relevância da cooperação para o alcance dos objetivos organizacionais. O principal incentivador da cooperação no dia-a-dia da organização são metas interdependentes e trabalhos compartilhados. Dentre os principais impedimentos, foram mencionados, com maior frequência, a competitividade entre diretorias, a cultura organizacional, o patrocínio gerencial, a competitividade e disputas entre pessoas e áreas. A principal medida sugerida para a implementação da cooperação no dia-a-dia foi o investimento em metas, projetos e trabalhos compartilhados, em seguida, a implantação de um sistema de premiação, maior integração, exemplo dos diretores e das lideranças, rodízio e estímulo à integração. A partir dos resultados, é possível analisar e estabelecer uma correlação entre o referencial teórico estudado e as crenças dos gestores, que são modelos sociais na organização e fortes influenciadores das equipes. De acordo com os resultados apurados, foram explicitadas as crenças dos gestores acerca da cooperação e os elementos importantes para a promoção de um ambiente onde prevaleçam relações colaborativas na organização, buscando correlação com pesquisas anteriores.