O óleo de peixe composto rico em Ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 (AGPi-n3), tem sido estudado com o propósito de diminuir níveis de inflamação que se encontram elevados em condições de doenças ou lesões teciduais. Objetivo: Avaliar os efeitos da ingestão de óleo de peixe sob lesões musculares induzidas pelo exercício resistido (ER). Métodos: Foram utilizados 56 ratos Wistar que foram divididos inicialmente em três grupos. Grupo controle (Cont), composto por oito animais que não recebiam óleo de peixe e não faziam ER; Grupo exercício resistido (Ex) composto por 24 animais que realizaram ER e não recebiam óleo de peixe; e Grupo exercício resistido e óleo de peixe (ExO) composto por 24 animais que realizaram ER e recebiam óleo de peixe. O ER foi realizado em um tanque e consistiu em saltos verticais do fundo tanque até a superfície da água. Para realização do protocolo foi utilizado uma carga adicional fixada ao tórax do animal. Os animais realizavam 10 saltos verticais repetidos por 4 vezes (séries) com intervalo de 60s entre as séries, três vezes por semana durante 8 semanas. Os animais do Grupo EXO receberam 2g/kg/dia de óleo de peixe. Ao final da última sessão de ER os animais que recebiam e os que não recebiam o óleo de peixe foram subdivididos de acordo com o tempo em que foram feitas coletas sanguíneas e retirada do músculo gastrocnêmio (12, 24 e 48 horas). Resultados: Os indicadores de lesão muscular Creatina Kinase (CK) e Desidrogenase lática (DHL) foram menores nos grupos que ingeriram óleo de peixe e pertenciam aos períodos de tempo 12, 24, 48 h pós ER. Os valores de Proteína C reativa (PCR) e Mioglobina (Mb) foram respectivamente menores, no grupo analisado no período 24 e 12h pós ER e que receberam óleo de peixe. Os animais que fizeram uso do óleo de peixe tiveram escores estatisticamente mais favoráveis de dissociação das fibras musculares, presença de infiltrado inflamatório e necrose. Conclusão: O modelo de exercício físico produziu alterações nos marcadores séricos indiretos de leão muscular e alterações morfológicas e a ingesta de óleo de peixe diminuiu os níveis séricos desses indicadores e atenuou as alterações morfológicas no tecido muscular.