O objetivo com o estudo foi avaliar os efeitos da aplicação de subdose de gonadotrofina coriônica humana (hCG) no acuponto Hou Hai, como indutor de ovulação em éguas e jumentas. Foram realizados dois experimentos: no primeiro, utilizou-se 15 éguas mestiças; e no segundo 11 jumentas da raça Pêga. As éguas e jumentas foram distribuídas em Delineamento em Blocos Casualizados, em três tratamentos (T), sendo: T1= aplicação de 1500UI de hCG (100% da dose), por via intravenosa (IV); T2= 450UI de hCG (30% da dose) em falso acuponto (IV) e T3: 450UI de hCG (30% da dose) aplicada no acuponto Hou Hai. Os animais foram monitorados por ultrassonografia modo B, até que o folículo pré-ovulatório estivesse com diâmetro ≥35mm para as éguas e ≥30mm para jumentas e edema uterino grau 3, quando se procedeu a indução da ovulação com hCG e avaliação com Doppler colorido. Após aplicação do indutor de ovulação, os exames modo B foram realizados duas vezes ao dia para detectar o momento da ovulação (D0). O diâmetro médio do CL e sua vascularização foram acompanhados modo B e Doppler no D0, D2, D4 e D8 após ovulação, com coleta de sangue no D8 para determinação da concentração sérica de progesterona (P4). Os dados foram submetidos à análise de normalidade, seguido dos testes estatísticos adequados para cada variável. Para éguas e jumentas, não houve diferença (P>0,05) para diâmetro médio dos folículos pré-ovulatórios (38,2±1,3mm e 34,5±1,3mm); taxa de ovulação (91,11% e 96,97%); intervalo entre indução e ovulação (43,48±2,48h e 58,07±16,82h) respectivamente; diâmetro médio de CL em éguas (D0=25,3±2,3; D2=31,1±0,7; D4=29,0±0,4 e D8=25,6±1,3mm) e em jumentas (D0=23,0±0,6; D2=27,7±1,9 e D8=28,2±0,8mm); concentrações séricas de P4 (5,02±0,52ng/mL) em éguas e (10,50±2,99ng/mL) em jumentas. Houve diferença (P<0,05) para taxa de ovulação acima de 48h após indução, com taxas de 0 (T1); 13,33 (T2) e 33,33% (T3) para éguas e de 18,18 (T1); 36,36 (T2) e 72,73% (T3) para jumentas, com superioridade do T3 em relação aos outros tratamentos nas duas espécies; diâmetro do CL no D4 em jumentas, com superioridade de T3 em relação ao T1 (T1=25,8±4,4; T2=27,0±4,5 e T3=30,7±5,1mm); valor numérico de pixel mínimo do folículo pré-ovulatório (T1=40,33±2,57; T2=36,84±2,24 e T3=39,31±3,36) das éguas e valor numérico de pixel mínimo do CL no D8 (T1=41,91±1,17; T2=37,63±6,27 e T3=37,89±4,28) para as jumentas. A utilização de subdose de hCG na dose de 450UI por via IV ou em acuponto Hou Hai foi eficiente em promover a indução de ovulação em éguas e jumentas, mostrando que a dose padrão de hCG atualmente utilizada para estas espécies está superestimada.