A finalidade da tese foi avaliar a suplementação de amilase em doses crescentes na dieta e no
milho, equivalência energética e interações da enzima com peletização no desempenho,
digestibilidade e rendimento de carcaça de frangos de corte. Para isso foram realizados 4
experimentos: No Exp. 1, utilizou-se 640 frangos alimentados com 10 dietas com níveis
crescentes de amilase, sendo: 0; 40; 80; 120 e 160 KNU/kg em ração a base de milho e farelo
de soja e as mesmas doses na ração no milho (utilizando Matterson et al., 1965). Avaliou-se a
digestibilidade do conteúdo do jejuno (CDj) e do íleo (CDi) da MS, da proteína bruta (PB), do
amido disponível (AD), resistente (AR) e total (AT), retenção total do trato (RTT) da MS e
EMA. Para avaliação da equivalência energética, foram ralizados 2 experimentos: Exp. 2 e 3,
em que as aves ingeriram dietas com níveis crescentes de energia e em um tratamento igual ao
menor nível foi adicionado amilase, sendo: dieta padrão (0) + amilase (80 KNU/Kg), 0, +50,
+100, +150 e +200 kcal utilizando 1200 aves de 1 a 42 dias no Exp. 2. No Exp. 3, foram
utilizadas 1000 aves de 35 a 47 dias sendo: 0+amilase, 0, +80, +160 e +240 kcal. Em ambos
experimentos, avaliou-se o consumo de ração (CR), ganho de peso (GP) e conversão alimentar
(CA) e no experimento 3 também foram avaliados CDi, energia digestível (EDi), rendimento
de carcaça (RC), de peito (RP), de coxa e sobrecoxa (RC+S) e gordura abdominal (GA). Com
a finalidade de verificar interação da amilase e a peletização, no Exp. 4, avaliou-se as mesmas
variáveis do Exp.3 utilizando 800 aves divididas em 4 tratamentos: dieta farelada; farelada com
amilase (80KNU/kg); peletizada; e peletizada com amilase. No Exp. 1, com exceção do AD, a
digestibilidade do milho foi superior (P<0,05). Também foi encontrado aumento linear na CDj
da MS, CDi do AR, RTT da MS e na EMA com a inclusão da amilase. Utilizando Linear
Response Plateau, verificou-se a resposta máxima de amilase na dieta em dose de 80 KNU/kg
em 64 kcal de EMA. E no milho, onde a resposta foi mais expressiva, as doses variam de 47 a
120 KNU/Kg, podendo gerar até 332 Kcal/kg. No Exp. 2, as equivalências foram -5 Kcal para
CA de 1-21 dias, 140 e 125 Kcal para CR e CA de 22-42 dias e de 85 Kcal para CA de 1-42
dias de idade. No Exp. 3, no GP e CA de 35-42, 43-47 e de 35-47 dias de idade, as equivalências
foram 46 e 63; 82 e 22; 40 e 78 kcal, respectivamente. Para CDi da MS, AD e AT, energia
digestível e na GA a equivalência foi de 39; 50; 61; 41 e 7 kcal, respectivamente. Para CDi do
AR e RP foi observado efeito quadrático com equivalência de 87 e 34 kcal, respectivamente.
No Exp.4, foi encontrado interação entre amilase e peletização no CDi da PB (P<0,05). As
dietas peletizadas apresentaram maior CR e GP em todos os períodos avaliados e melhor CA
de 35 a 42 dias de idade (P<0,05). Porém de 43 a 47 dias foi encontrado piora na CA (P<0,05).
A amilase melhorou o CR e o GP de 35 aos 42 dias (P<0,05). A amilase melhora e a peletização
piora CDi da MS e do AR. A amilase e a peletização também melhoram a EDi (P<0,05) e
peletização aumentou a GA (P<0,05). Para os demais parâmetros não foram encontrados efeitos
(P>0,05). Conclui-se que a amilase melhora a digestibilidade principalmente do milho, como
consequência também pode melhorar o desempenho, resultando em mais energia para ave
principalmente nas fases finais. A amilase também interage de positivamente com a peletização
podendo melhorar a digestibilidade, podendo reduzir parte efeito negativo ração peletizada na
digestibilidade da PB.