Avaliou-se prebióticos e ácidos orgânicos em codornas japonesas contaminadas a diminuir a excreção de Salmonella Enteritidis (SE) para o ambiente, sem afetar o desempenho nem a qualidade dos ovos das mesmas. Para tanto, 210 codornas japonesas (Coturnix coturnix japonica) com 16 semanas de idade foram desafiadas com inóculo com SE (1x108 UFC) e alimentadas com rações contendo dieta basal (T1) e dietas contendo 1% de beta-glucano (T2), dieta com 0,2% de mananoligossacarídeo-MOS (T3), dieta com 2% de ácido cítrico (T4), dieta com 2% ácido fumárico (T5) e dieta com 0,2% de blend de ácidos orgânicos (T6) durante 3 ciclos de 21 dias. Foram distribuídas em um delineamento inteiramente casualizado com seis tratamentos (T1 a T6) e 5 repetições de 7 aves cada. A contagem microbiológica foi no 7, 21 e 35 dias após inoculação (DPI), onde amostras de excretas e gema foram diluídas até a 1x10-6 e semeadas em meio XLD e SD. No final de cada ciclo, variáveis para desempenho, qualidade do ovo foram mensuradas. Somente no final do último ciclo foi coletado duodeno, jejuno e íleo para avaliação da morfometria intestinal bem como coleta de sangue para dois esfregaços sanguíneos de 2 aves de cada parcela para contagem de heterofilos (H), linfócitos (L) e relação H/L. Observou-se que nenhum dos tratamentos eliminou a excreção de SE nas fezes, no entanto, aves que receberam ácido fumárico e blend de ácidos orgânicos, excretaram menos bactérias (P<0,05) aos 35 DPI. No entanto, aves alimentadas com MOS excretaram tanto quanto o grupo controle (P>0,05) porém, com menor custo imunológico devido a ausência de linfopenia observada (P<0,05) nesse tratamento, indicando o sucesso do mecanismo de ação do mesmo uma vez que, apesar da não evidência septicemia, as aves ficaram infectantes pela presença de heterófilos grau +4 de toxicidade. No desempenho, não houve diferença (P>0,05) para consumo/ave/dia. Para a produção de ovos, as aves que receberam aditivos, observou-se o melhor valor (P<0,05) para o uso do ácido fumárico comparado com o pior resultado para MOS. A conversão alimentar por massa de ovo (g/g) e por dúzia (g/dz), foram melhores (P<0,05) para grupo controle, ácido fumárico, cítrico e blend de ácidos. Na qualidade dos ovos, o blend de ácidos oportunizou ovos com maior percentual de albumen e melhor unidade Haugh (P<0,05). Já a casca, os resultados foram contraditórios e insatisfatórios apenas para o uso de ácido cítrico. Dentre os aditivos, o blend de ácidos aumentou o peso dos ovos pelo mesmo motivo que ácido fumárico melhorou conversão e produção de ovos, quando a dissociação de ácidos de cadeia curta melhoraram a digestibilidade de nutrientes, especialmente aminoácidos. A suplementação prebiótico beta-glucanos por apenas 9 semanas não foi o suficiente para eliminar as enterobactérias porém, o produto MOS parece ser eviciente na excreção, mas as doses para codornas deverão ser melhor estudadas para não afetar desempenho. Na morfometria intestinal, a altura de vilos no duodeno diferiu (p<0,05) do grupo controle, indicando a recomendação de qualquer alternativo testado nesse experimento. Contudo, sob os apectos analisados dentre os aditivos nesse estudo, pode-se afirmar que, para uma diminuição e/ou possível eliminação de enterobactérias (SE) nas fezes de codornas japonesas contaminadas, indica-se a suplentação de ácido fumárico ou ácidos orgânicos associados a fim de produzirem ovos de melhor qualidade, sem afetar desempenho satisfazendo assim, a necessidade ambiental, comercial e do consumidor.