Fontes de microminerais complexados a moléculas orgânicas têm melhorado a absorção e o desempenho pelas aves. A pesquisa foi conduzida para avaliar diferentes fontes e os efeitos da suplementação dos microminerais Zinco (Zn), Manganês (Mn), Cobre (Cu), Ferro (Fe) e Selênio (Se) quelatados, associados com fontes inorgânicas sobre o desempenho e qualidade interna e externa dos ovos de galinhas poedeiras. A pesquisa foi desenvolvida nas instalações de Pesquisa da Estação Experimental de Pequenos Animais de Carpina (EEPAC), localizada no município de Carpina-PE, Brasil. A pesquisa foi dividida em dois experimentos em que foram utilizadas novecentas galinhas poedeiras (Lohmann White) durante o período de 78 a 98 semanas de idade. No primeiro experimento as aves foram distribuídas de acordo com delineamento experimental inteiramente casualizado com quatro tratamentos com dez aves por repetição. Os tratamentos consistiram em quatro dietas, com a substituição total da fonte mineral inorgânica por fonte de microminerais complexado a aminoácidos (MCAA) com redução do níveis de suplementação em 30, 50 e 60%, respectivamente, sendo: T1 – Dieta-controle com apenas fontes de minerais inorgânicos; T2: Dieta suplementada com MCAA e redução de 30% nos níveis dos minerais; T3: Dieta suplementada com MCAA e redução de 50% nos níveis dos minerais e T4: Dieta suplementada com MCAA e redução de 60% nos níveis dos minerais. Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste Tukey (P<0,05). A suplementação do mineral MCAA aumentou significativamente a produção, peso e massa de ovo, tendo o T4 com redução de 60% nos níveis dos minerais os melhores resultados quando comparado às demais dietas, sendo que a dieta-controle apresentou as menores médias. As aves alimentadas com MCAA apresentaram melhor conversão por massa e por dúzia de ovos; a dieta T4 com redução de 60% apresentou melhor conversão por massa e por dúzia de ovos quando comparada aos demais tratamentos. Em relação aos parâmetros de qualidade dos ovos, observou-se diferença significativa para espessura da casca, tendo a dieta T4 com redução de 60% CMAA apresentado o melhor resultado em relação à dieta-controle e as dietas com redução de 30 e 50% do MCAA. No segundo experimento, as aves foram distribuídas em um delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos, dez repetições com dez aves por repetição, onde foram testadas diferentes fontes de microminerais complexados a aminoácidos. Os tratamentos foram um arranjo fatorial 2 x 2 + 1 controle inorgânico: os fatores foram duas fontes de Zn, Mn e Cu (Mineral complexado a aminoácidos (MCAA) e Mineral Glicinato (MG) em dois níveis baixos (20, 20 e 3,5 ppm de Zn, Mn e Cu, respectivamente), e alta (40, 40 e 7 ppm de Zn, Mn e Cu, respectivamente). A dieta-controle inorgânica (Sulfatos) continha Zn, Mn e Cu nos níveis elevados (40, 40 e 7 ppm, respectivamente). Ferro, Se e I foram suplementados com fontes inorgânicas nos mesmos níveis em todas as dietas. Os dados foram submetidos à análise de variância, com médias comparadas por contrastes ortogonais (fonte mineral, nível, fonte x nível e fonte) quando P <0,05. As galinhas poedeiras alimentadas com MCAA apresentaram melhor (P <0,05) produção de ovos (%), massa de ovos (g/ave/dia), conversão alimentar (g: massa g: dz de ovos), altura do albúmen (mm), unidades Haugh e espessura da casca do ovo em comparação com poedeiras alimentadas com dietas contendo sulfatos e MG, sendo que o sulfato apresentou melhor resultado para altura de albúmen e unidades Haugh quando comparado ao tratamento com MG. Esses dados mostram diferenças claras entre as fontes de microminerais, tendo a fonte MCAA com resultado superior às fontes de MG e sulfatos, e este último melhor que o glicinato para galinhas poedeiras.