O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da incubação com diferentes concentrações de
pentoxifilina sobre a viabilidade, qualidade e estresse oxidativo de espermatozoides bovinos
descongelados e capacitados in vitro. Foram utilizadas amostras criopreservadas de nove touros
da raça Nelore (Bos taurus indicus), submetidas à seleção e capacitação espermática, através
de gradiente descontínuo de Percoll® 45% e 90%. Estas foram ressuspendidas em meio de
fecundação e posteriormente sub-divididas em três tratamentos: controle (água miliQ), 2,5 mM
de pentoxifilina e 5,0 mM de pentoxifilina. Em seguida, as amostras foram incubadas em
banho-maria à 37°C por três minutos. Após a incubação, foram realizadas análises de
motilidade e vigor espermáticos, viabilidade da membrana plasmática, atividade citoquímica
mitocondrial, integridade de membrana acrossomal e estresse oxidativo. O dados foram
analisados nos testes ANOVA, Wilcoxon e Tukey, considerando o nível de significância de
5%, utilizando o software SAS System versão 9.2. O estresse oxidativo foi superior no
tratamento 2,5 mM em relação aos tratamentos controle e 5,0 mM de pentoxifilina (0,42±0,06
0,28±0,04 e 0,31±0,04 ng/mL de TBARS, respectivamente). Foi observado maior número de
espermatozoides com ausência de atividade citoquímica mitocondrial (DABIV) no tratamento
5,0 mM (10,32±1,39%) em relação aos tratamentos 2,5 mM (5,89±1,95%) e controle
(5,67±1,17%). Para as demais variáveis estudadas não foram observadas diferenças entre os
tratamentos. Sendo assim, constatou-se que adição de pentoxifilina nas concentrações
estudadas, não foi eficiente na melhoria dos parâmetros espermáticos de espermatozoides
bovinos descongelados, capacitados e submetidos à incubação in vitro.