PALU, Alan Burin. Universidade Federal do Acre, junho de 2018. Desempenho produtivo de bovinos de corte submetidos a dois métodos de castração na Amazônia Ocidental. Orientador: Maykel Franklin Lima Sales. No Acre a castração é uma prática comum no manejo das propriedades que criam bovinos de corte, esse procedimento geralmente é feito dos 30 até os 36 meses de idade, aproveitando o maior desenvolvimento dos bovinos não castrados. Este trabalho avaliou o desempenho produtivo dos bovinos não castrados ou submetidos à castração convencional e à imunocastração. O experimento foi realizado no período de março de 2016 a janeiro de 2017. O delineamento foi inteiramente casualizado, com 34 repetições (animais) de três tratamentos (não castrado, castrados cirurgicamente e imunocastrados). Foram determinados os índices produtivos dos animais, os níveis de testosterona circulante, além do rendimento e acabamento de carcaça e do lucro gerado por cada método após o abate. Constatou-se que os animais não castrados e os imunocastrado utilizando Bopriva® apresentaram maior (P<0,05) ganho de peso total (GPT) quando comparados aos animais castrados cirurgicamente, com médias de 181,85, 170,34 e 148,88kg, respectivamente. Na avaliação do ganho médio diário (GMD), observa-se que os animais que receberam a Bopriva® apresentaram médias superiores (P<0,05) aos castrados cirurgicamente e não diferiram dos não castrados, com médias de 0,534kg/animal para o grupo Bopriva®, 0,466kg/animal para os castrados cirurgicamente e 0,570kg/animal para os não castrados. Na avaliação do grau de acabamento, os animais castrados foram classificados em sua totalidade, como desejáveis, com boa deposição de gordura e maturidade. Os animais imunocastrados apresentaram 50% das carcaças com classificação toleráveis, 36,11% com desejáveis e 13,89% indesejáveis. Os animais não castrados apresentaram concentração de testosterona superior aos demais grupos sexuais (P<0,05), com média de 128,56ng/dl. Os imunocastrados tiveram redução de 60,91% na concentração de testosterona quando comparados aos não castrados. Entretanto, estes foram significativamente superiores (P<0,05) aos animais castrados cirurgicamente, que apresentaram concentração média de 12,34ng/dl, o que representa redução de 90,4% na comparação com os não castrados. Percebe-se que a imunocastração utilizando a vacina Bopriva® pode trazer benefícios já que reduz os danos causados pela castração cirúrgica, possibilita melhor acabamento quando comparado ao não castrado, além de melhorar a qualidade da carcaça sem prejudicar o ganho de peso do animal, no entanto deve-se considerar a diferença de preço da arroba do animal castrado praticado pelo frigorífico e possíveis bonificações.