Estresse crônico gera efeitos deletérios em indivíduos, sendo o estresse social uma das formas mais recorrentes de estresse na atualidade. O efeito do álcool pode vir a influenciar de diferentes modos o comportamento de indivíduos. Neste estudo, analisamos efeitos comportamentais de uma dose aguda de álcool em camundongos previamente submetidos ao protocolo de derrota social contínua ou de derrota social episódica. Nossa hipótese é que o estresse social geraria um efeito ansiogênico no labirinto em cruz e uma redução da investigação social, e que uma dose aguda de álcool reverteria esses efeitos. Camundongos suiços machos, adultos, foram expostos a um protocolo de 10 dias de estresse de derrota social contínuo ou episódico. Depois de 4 a 7 dias, os animais foram alocados em 4 grupos (controle salina, estresse salina, controle álcool, estresse álcool) e testados em dois modelos, o labirinto em cruz elevado e o teste de investigação social, em diferentes experimentos. A exposição crônica ao estresse social contínuo ou episódico não afetou o comportamento no labirinto em cruz elevado, havendo somente um efeito ansiolítico do álcool na dose de 1,0 g/kg. No teste de investigação social, os animais dos grupos controle salina e controle álcool tiveram preferência por explorar o alvo social, enquanto que os animais do grupo estresse salina tiveram aversão (no caso do estresse contínuo) ou desinteresse pelo alvo social (no caso de estresse episódico). Em ambos os casos, a administração de uma dose baixa de álcool (0,25 g/kg i.p.) causou ou uma atenuação (no caso da derrota contínua) ou uma reversão (no caso da derrota episódica) nos efeitos da derrota social, mostrando que uma única dose de álcool é capaz de atenuar déficits sociais em animais estressados, o que poderia facilitar o desenvolvimento de dependência ao álcool nesses animais.
Palavras-chave: Estresse crônico gera efeitos deletérios em indivíduos, sendo o estresse social uma das formas mais recorrentes de estresse na atualidade. O efeito do álcool pode vir a influenciar de diferentes modos o comportamento de indivíduos. Neste estudo, analisamos efeitos comportamentais de uma dose aguda de álcool em camundongos previamente submetidos ao protocolo de derrota social contínua ou de derrota social episódica. Nossa hipótese é que o estresse social geraria um efeito ansiogênico no labirinto em cruz e uma redução da investigação social, e que uma dose aguda de álcool reverteria esses efeitos. Camundongos suiços machos, adultos, foram expostos a um protocolo de 10 dias de estresse de derrota social contínuo ou episódico. Depois de 4 a 7 dias, os animais foram alocados em 4 grupos (controle salina, estresse salina, controle álcool, estresse álcool) e testados em dois modelos, o labirinto em cruz elevado e o teste de investigação social, em diferentes experimentos. A exposição crônica ao estresse social contínuo ou episódico não afetou o comportamento no labirinto em cruz elevado, havendo somente um efeito ansiolítico do álcool na dose de 1,0 g/kg. No teste de investigação social, os animais dos grupos controle salina e controle álcool tiveram preferência por explorar o alvo social, enquanto que os animais do grupo estresse salina tiveram aversão (no caso do estresse contínuo) ou desinteresse pelo alvo social (no caso de estresse episódico). Em ambos os casos, a administração de uma dose baixa de álcool (0,25 g/kg i.p.) causou ou uma atenuação (no caso da derrota contínua) ou uma reversão (no caso da derrota episódica) nos efeitos da derrota social, mostrando que uma única dose de álcool é capaz de atenuar déficits sociais em animais estressados, o que poderia facilitar o desenvolvimento de dependência ao álcool nesses animais.
Palavras-chave: Estresse psicológico; Álcool; Comportamento social; Labirinto em cruz elevado; Modelo animal;