Objetivou-se avaliar o desempenho dos ovinos, características de carcaça, componentes não carcaça, qualidade da carne de animais submetidos a dietas com diferentes níveis de óleo residual de fritura (0, 3, 6 e 9%). Foram utilizados 24 animais sem padrão racial definido, machos e não castrados, distribuídos em blocos ao acaso com quatro tratamentos e seis repetições. Os animais ficaram confinados por um período de 46 dias, após 14 dias de adaptação, pesados no início e no final do período experimental para avaliação do ganho de peso diário e total, e abatidos com 180 dias de idade. A dieta utilizada foi composta de volumoso e concentrado na proporção 40:60, ad libitum, fornecida diariamente às 8h e as 16h, calculando uma sobra de 10%. Os níveis nutricionais da dieta foram balanceados segundo as recomendações de NRC (2007), para ganho de 200g diários. Foram coletadas amostras diárias do fornecido e das sobras, realizadas amostras compostas e analisadas quanto ao conteúdo de matéria seca, matéria mineral, proteína bruta, fibra em detergente neutro, fibra em detergente ácido, lignina e extrato etéreo, calculados os teores de carboidratos totais e carboidratos não fibrosos, o consumo voluntario de nutrientes, calculados pela quantidade fornecida e a quantidade recusada pelos animais. Após o abate foi feito o registro do peso da carcaça quente, o peso do corpo vazio, obtido pela diferença entre o peso vivo ao abate e o conteúdo gastrointestinal. Verificou-se o pH e temperatura através de um pHmetro digital portátil, para então serem levadas as carcaças para a câmara fria com proteção plástica, onde permaneceram por 24 horas. Ao final desse período foi verificado o peso de carcaça fria e calculados os rendimentos de carcaça quente, rendimentos de carcaça fria e o rendimento verdadeiro. Também foram determinadas as perdas ao resfriamento e feita a retirada do musculo Longíssimus dorsi do lombo e da costela, os quais foram identificados, embalados em saco de polietileno e encaminhados para análises. As amostras das carnes foram submetidas às análises dos seguintes microrganismos: Mesófilos, Psicrotróficos e Salmonella ssp., como também às análises físicas (pH, cor, capacidade de retenção de água, perda de peso por cocção, força de cisalhamento) e químicas (umidade, cinzas, proteína e lipídeos). Durante o experimento houve diferença (P<0,05) no consumo de matéria seca, assim como o ganho de peso total também foi influenciado significativamente (P<0,05), sendo o tratamento com 9% de inclusão de óleo o que apresentou menor desempenho. O desempenho, o peso da carcaça quente e fria também foram influenciados (P<0,05) pelo tratamento, obtendo menor média o tratamento de 9% de inclusão do óleo residual de fritura. Os pesos dos componentes não integrantes das carcaças não apresentaram diferença estatística (P>0,05), com exceção das patas, este parâmetro possivelmente foi influenciado por não haver um padrão racial definido. As características de qualidade da carne também não apresentaram diferença (P>0,05), o que indica a permissão da inclusão do óleo residual de fritura em nível de até 9% sem alterar a qualidade da carne. Portanto, levando em consideração o desempenho dos cordeiros, pode ser realizada a inclusão na dieta de até 6% de óleo residual de fritura.