Atualmente o Brasil é o segundo maior produtor e líder em
exportação de carne de frangos, testemunhando a importância da avicultura
para a economia brasileira. Sabe-se que a alimentação representa a maior
parte dos custos na produção desses animais, visto isso, há necessidade de
estudos para aperfeiçoar a eficiência da nutrição visando melhores
desempenhos, com redução dos impactos ambientais e menor custo. O
objetivo do experimento foi avaliar a eficiência da suplementação com a matriz
nutricional da enzima fitase associada ao equilíbrio eletrolítico na dieta para
frangos de corte. Para isso, utilizou-se 360 aves (Cobb 500) e os tratamentos
foram constituídos por dietas formuladas com balanço eletrolítico fixo em 250
mEq/kg para todas as dietas e variando as combinações de níveis da relação
eletrolítica (2,5/3,0/3,5) e fitase (0/1.000/2.000 FTU/kg). Avaliaram-se os dados
de desempenho (ganho de peso (kg), consumo de ração (kg), conversão
alimentar e mortalidade), rendimento (rendimento de carcaça (%), percentual
de gordura abdominal (%)), análises das excretas (umidade (%), teores de
fósforo (g/kg), sódio (g/kg), cloro (g/kg) e potássio (g/kg)) e ósseas
(densitometria óssea e flexão em três pontos), bem como a análise econômica
com o índice BEC (Índice de Conversão Bioeconômico Energético). Não houve
interação entre a suplementação na dieta para frangos de corte com fitase e
relação eletrolítica em nenhuma das variáveis estudadas. Verificou-se uma
redução linear de mais de 50% no teor de fósforo nas excretas das aves que
receberam rações com enzima fitase. As dietas com estreita relação (2,5)
resultaram em maior teor de sódio nas excretas. Mesmo recebendo rações
formuladas com menor quantia de nutrientes, como fósforo e energia, não
constatou alteração no desempenho, rendimento e qualidade óssea das aves,
o que valida a matriz nutricional da enzima fitase utilizada no experimento.
Sugere-se formular a ração para frangos de corte machos com níveis de 2.000
FTU/kg e equilíbrio eletrolítico (balanço de 250 mEq/kg e relação 3,5), pois
além de reduzir a adição dos ingredientes mais caros na dieta, resulta em
menor teor de fósforo e sódio nas excretas, sem prejudicar o desempenho das
aves e contribui com a atenuação dos impactos ambientais e custos de
produção.