O presente estudo teve como objetivo avaliar as respostas fisiológicas de estresse em juvenis de Lophiosilurus alexandri submetidos aos testes de exposição ao ar, choque osmótico e térmico. Para o teste de exposição ao ar foram utilizados 72 juvenis com peso de 361,06 ± 42,82 g. As coletas de sangue foram realizadas nos tempos 0 h: sem exposição ao ar; 0,5 h: animais logo após a exposição ao ar de 30 min (antes de voltar para o tanque); 1,5 (90 minutos), 24, 48 e 96 horas pós exposição ao ar. Para os testes de choque salino e térmico foram utilizados 30 juvenis para cada teste. Dez juvenis não foram submetidos ao teste, permanecendo em condições normais (água doce com temperatura de 28,0 °C). Os demais (20 animais de cada teste) foram submetidos ao choque de exposição ao estresse com (água salinizada a 10,0 g de sal/L ou água resfriada a 18,0 °C). As coletas de sangue foram realizadas nos tempos 0 h: sem exposição ao fator estressor; 1 hora e 24 horas após os testes. No teste de exposição ao ar, após 96 h a sobrevivência foi de 100%. O cortisol e a glicose foram maiores no tempo 0,5 h retornando a valores basais em 48 e 24 h, respectivamente. Já nos testes de choque osmótico e térmico, no tempo de 24 h a sobrevivência foi de 100% em ambos os testes. O cortisol e a glicose foram maiores no tempo de 1 h, apresentando queda em suas concentrações às 24 h. Já a enzima lactato desidrogenase não apresentou diferença no teste de temperatura, mas indicou menores concentrações às 1 e 24 h. Após o estresse no teste por exposição ao ar, a lactato desidrogenase apresentou maiores valores 1,5 h após exposição ao ar, retornando a valores normais em 24 h. Com relação a hematologia e bioquímica sanguínea, a exposição ao ar não afetou (P>0,05) o volume globular e a enzima aspartato aminotransferase (AST) ao longo de 96 h. A fosfatase alcalina apresentou os maiores valores (P<0,05) 0, 1,5 e 24 h. A proteína total foi semelhante entre 0 e 1,5 h (P>0,05) e os menores valores a 96 h. A alanina aminotransferase (ALT) foi maior a 0,5 h. A contagem de leucócitos foi maior a 0,5, 1,5, 48 e 96 h. A contagem de eritrócitos apresentou os maiores valores em 96 h (P<0,05). A exposição ao choque térmico não afetou (P>0,05) a fosfatase alcalina, proteína plasmática total, o hematócrito, ALT e AST às 1 e 24 h. A fosfatase alcalina e a
proteína total no choque osmótico apresentaram os menores (P<0,05) valores a 24 h. Os leucócitos e os eritrócitos apresentaram diferenças após o choque osmótico a partir dos tempos pós teste, diferente do eritrócito do teste de temperatura que não apresentou alteração em 24 h (P>0,05). Várias alterações foram registradas na gasometria do sangue (pH, pCO2, pO2, taxa de hemoglobina, SO2, BE tCO2, HCO3 e stHCO3) e eletrolíticas (Na+, Ca++, nCa++ e K+) pós estresses. Juvenis de L. alexandri foram capazes de reestabelecer os principais indicadores de estresse (cortisol, glicose), enquanto os demais (hematológicos, bioquímicos e gasométricos) apresentaram variações em sentido compensatório para o reestabelecimento do padrão fisiológico normal.