Existe uma carência de pesquisas relacionadas com tecnologia de produção de sementes de tomate no sistema orgânico. Diante desse cenário, objetivou-se com este projeto avaliar o efeito da densidade de plantio na produção de frutos e na qualidade fisiológica de sementes de diferentes cachos florais em dois cultivares de tomate sob sistema de cultivo orgânico em estufa no município de Seropédica, Rio de Janeiro. Foram utilizados os cultivares de polinização aberta: Perinha (tomate cereja) e Roma (tomate italiano). Para avaliação dos componentes de produção, o delineamento experimental foi o de blocos casualizados em parcelas subdivididas, com quatro repetições. Cada cultivar foi analisado separadamente no experimento, onde foram avaliadas duas densidades de plantio como fator principal: espaçamento de 0,40 e 0,60 m entre plantas; e cinco posições de cacho: 1°, 2°, 3°, 4° e 5° racemos nas subparcelas. Cada parcela constou de duas linhas de cultivo com 8,00 m de comprimento e espaçada por 1,00 m, sendo as plantas localizadas nas extremidades de cada parcela consideradas bordadura, portanto, no espaçamento de 0,40 m a parcela útil foi composta por 18 plantas e, no espaçamento de 0,60 m, a parcela útil foi de 11 plantas. Não foi verificada interação significativa na análise de variância entre espaçamento e posição do cacho pelo teste F a 5%, com exceção dos diâmetros transversal e longitudinal. Ambos cultivares apresentaram resultados superiores de produtividade de frutos e sementes no cultivo mais adensado. Os valores de produção e número de frutos variaram entre 78.1 e 120.3 g/planta e 6.4 e 9.5 frutos/planta, para a cultivar Perinha, e entre 233.8 e 469.1 g/planta e 5.7 e 10.1 frutos/planta, para a cultivar Roma. Ao passo que a produção de sementes oscilou entre 0.43 e 0.73 g/planta (Perinha) e 0.20 e 0.54 g/planta (Roma), para as diferentes posições de cacho no plantio adensado, respectivamente. Para avaliação da qualidade fisiológica das sementes, foram formados lotes com as respectivas combinações entre densidade de plantio e posição do cacho até o terceiro cacho. Para este experimento foi adotado o delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições. Foi possível separar os lotes quanto seu potencial fisiológico pelos testes de germinação, primeira contagem de germinação, emergência de plântulas, índice de velocidade de emergência e análise computadorizada do desempenho de plântulas. Nenhum dos lotes apresentou germinação abaixo do padrão estipulado para comercialização de sementes de tomate no Brasil.