Objetivo: Identificar as características do MMN em relação à latência, amplitude, e área da onda, em crianças com idade entre dois e oito anos, usuárias de implante coclear e em terapia fonoaudiológica e identificar associações com as variáveis desenvolvimento da linguagem, percepção de fala e envolvimento familiar. Método: estudo de caráter observacional, descritivo, transversal, com comparação entre grupos: grupo estudo - crianças com implante coclear, e grupo controle - crianças ouvintes. As crianças foram submetidas à avaliação eletrofisiológica - MMN com estímulo não verbal tone burst diferindo quanto à frequência (estímulo frequente 1000Hz e estímulo raro 1500Hz), em campo sonoro à 70dBNA, utilizando equipamento SMART-EP. Foram aplicados questionários de percepção de fala e de desenvolvimento de linguagem, selecionados de acordo com a idade e realizada a classificação da participação familiar no processo terapêutico. Resultados: a ocorrência do MMN para o grupo controle foi de 73,3% e para o grupo estudou foi de 53,3%. Observou-se que os valores de latência, amplitude e área do MMN das crianças usuárias de implante coclear foram similares ao das crianças ouvintes, não diferindo entre os grupos. A ocorrência do MMN não se correlacionou às variáveis de categorias de audição, linguagem e família. Conclusão: As crianças com implante coclear e em terapia fonoaudiológica apresentaram respostas do MMN semelhantes às crianças ouvintes, com média de latência, amplitude e área de, respectivamente, 208,9ms (±12,8), -2,37μV (±0,38) e 86,5μVms (±23,4). Não houve correlação entre a presença do MMN e o desempenho das crianças nos testes que avaliaram o desenvolvimento auditivo, de linguagem e participação da família na reabilitação.