A adubação e a nutrição mineral são fatores essenciais para o sucesso da abacaxicultura, uma vez que, o abacaxizeiro é bastante exigente em nitrogênio e potássio, necessitando de grandes quantidades desses nutrientes de forma equilibrada durante as diferentes fases de seu ciclo. Assim, para obter-se altos rendimentos é necessário a implementação de um programa de adubação criterioso baseado na demanda nutricional. Esta pesquisa foi dividida em dois capítulos. O primeiro capítulo, objetivou-se avaliar a nutrição mineral e o índice SPAD do abacaxizeiro ‘Pérola’, submetidos à adubação nitrogenada e potássica. No segundo, objetivou-se avaliar o crescimento vegetativo, produtividade e qualidade de infrutescências do abacaxizeiro ‘Pérola’ com adubação nitrogenada e potássica. O experimento foi conduzido na fazenda São Pedro, no município de Alhandra, Estado da Paraíba, no período de janeiro de 2014 a março de 2015. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, contendo dez tratamentos e três repetições, totalizando 30 unidades experimentais. Os tratamentos foram arranjados conforme a matriz Plan Puebla III modificada, que consistiram da combinação entre cinco doses de N (30, 180, 300, 420, 570 kg ha-1) e cinco de K2O (30, 180, 300, 420, 570 kg ha-1). Utilizaram-se mudas do tipo filhote do cultivar Pérola plantadas em sistema de fileiras simples, no espaçamento de 0,80 m x 0,30 m. Os dados foram submetidos a análise de variância. Para avaliar o efeito das doses de N e K e dias após o plantio, realizou-se a técnica de superfície de resposta e análise de regressão polinomial. Realizou-se também analises de componentes principais. No Capítulo I, foi avaliado a nutrição mineral e o índice SPAD. Foram avaliados aos 150, 180, 270 e 300 dias após o plantio os teores foliares de N, P, K, clorofila e o índice SPAD, e em seguida estimados os valores de N, P e K no solo. Houve correlação de Pearson do nitrogênio (r= 0,7510) e o potássio (r= 0,6254) com o teor de clorofila, bem como, o nitrogênio em relação ao fósforo (r= 0,8821) e o potássio (r= 0,7762) no solo, como também, o potássio e o fósforo (r= 0, 7313) no solo. Houve correlação pouco expressiva do nitrogênio com o índice SPAD (r= 0,1367) e do teor de clorofila com o índice SPAD (r= 0,2013), porém, o teor de clorofila correlacionou expressivamente, com o índice SPAD (r= 0,6801). Assim, este resultado indica que o teor de clorofila e o índice SPAD, pode ser usado para verificar o estado nutricional na folha ‘D’ do abacaxizeiro ‘Pérola’. Nas condições que este trabalho foi realizado, verificou-se que aos 150 dias após o plantio a combinação das menores doses de N (30 kg ha-1) e K2O (30 kg ha-1) resultaram num índice SPAD de 61,23. No entanto, a combinação da maior dose de 570 kg ha-1 de N com a menor dose de 30 kg ha-1 de K2O proporcionou 58,88 para o índice SPAD. No Capítulo II, foi avaliado o crescimento vegetativo, produtividade e qualidade de infrutescências. Aos 150, 210, 270 e 300 dias após o plantio (DAP) foram avaliadas as seguintes características de crescimento vegetativo: comprimento, largura basal e mediana, massa fresca e seca da folha ‘D’. Na colheita dos frutos realizada aos 15 meses após o plantio foram avaliadas as seguintes variáveis: produtividade, percentual de frutos das classes I (900 até 1,200 kg); II (1,200 até 1,500 kg); III (1,500 até 1,800 kg) e IV (1,800 até 2,100 kg). Em relação às características de qualidade pós-colheita de frutos, foram realizadas as avaliações físicas: peso do fruto com e sem coroa, comprimento do fruto e da coroa, rendimento da coroa, casca, talo e de polpa de fruto, e as físico-químicas: acidez titulável, os sólidos solúveis, a relação SS/AT e o ácido ascórbico. Houve interação entre N e K2O, e interação de doses de N com dias após o plantio. O aumento dos dias após o plantio elevou linearmente o comprimento, largura basal e a massa seca da folha ‘D’. A dose de 570 kg ha-1 de N promoveu efeito linear nas variáveis peso médio de frutos nas classes II (entre 1,2 e 1,5 kg), rendimento de coroa e a relação SS/AT. O teor de ácido ascórbico diminuiu com as doses crescentes de K2O. Para as variáveis, percentual de frutos comerciais nas classes II (entre 1,2 e 1,5 kg), rendimento de talo, comprimento de coroa e firmeza, houve ajuste da regressão quadrática com a aplicação de N e K2O, respectivamente. Diante disto, conclui - se que a aplicação da maior dose 570 kg ha-1 de N com a menor dose 30 kg ha-1 de K2O produziu frutos com a massa de 1.507,87 g e produtividade de 62.85 t ha-1.