Avaliaram-se diferentes níveis de substituição da farinha de peixe (FP) pelo concentrado proteico de soja (CPS) sobre a digestibilidade, desempenho e a viabilidade econômica para alevinos de tilápia do Nilo (Oreochromis nioloticus). Os coeficientes de digestibilidade aparente (CDA) da proteína (PB) e matéria seca (MS) CPS foram avaliados com uma dieta composta de 69,5% de uma dieta referência, 30% de CPS e 0,5% de óxido de cromo. Os CDA foram 96,54 para PB e 75,62% para MS. Posteriormente em estudo, duzentos e quarenta alevinos com peso inicial médio de 5,10 ± 0,08g foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos e quatro repetições, em 20 aquários de 150L. A FP da ração basal foi substituída gradativamente pelo CPS, originando os seguintes níveis: 0; 25; 50; 75 e 100%. Estas rações, foram formuladas para conterem 27,24% de proteína digestível e 3.031,00 Kcal ED.kg-1de ração. Os parâmetros de qualidade da água estiverem dentro da faixa do conforto para a espécie. Não houve diferenças significativas (p>0,05) para peso inicial, sobrevivência, índice hepatossomáticos, índice viscerosomático e viabilidade econômica, não foram afetados pelos níveis crescentes de substituição da FP pelo CPS. Entretanto o peso final, ganho de peso, consumo aparente de ração, conversão alimentar aparente, taxa de crescimento específico, proteína bruta da carcaça, valor produtivo da proteína, taxa de eficiência proteica, foram piorados com efeito linear (p<0,05). Ainda na morfometria, foi observado comportamento quadrático para células caliciformes, aumentando com a maior inclusão do CPS. Concluiu-se que a substituição da FP pelo CPS em dietas para alevinos não é recomendável, pois demonstrou comprometer o desempenho, mesmo a eficiência econômica ter sido semelhante entre as dietas em estudo.