O sorgo vem se destacando na produção de silagem, devido a presença de características como elevada produção de massa seca, menor exigência hídrica para o encerramento do ciclo e menor exigência em fertilidade. Ao se avaliar estas vantagens, é possível reduzirse obter maior adaptação a regiões com maior ocorrência de déficit hídrico, além do menor custo de produção em relação à lavoura de milho. Frente ao grande potencial desta forrageira, a Embrapa vem realizando estudos para o lançamento de novas cultivares, que devem ser avaliadas em diversas regiões do país para que seja feita a sua recomendação de utilização. Assim, objetivou-se com o trabalho avaliar o desempenho agronômico de 25 híbridos de sorgo silagem em processo de avaliação da adaptabilidade e estabilidade avaliar 15 híbridos em processo de determinação de valor de cultivo e uso e o seu potencial de inserção para produção de silagem na região do Campo das Vertentes. Serão realizados dois experimentos em delineamento em blocos casualizados com três repetições, sendo o primeiro constituído por 25 híbridos e o segundo por 15 híbridos em estágio de determinação do valor de cultivo e uso. Os genótipos foram plantados na densidade de 12 plantas/m² em parcelas constituídas por duas linhas de 5 metros, espaçadas por 0,7m entre si. O solo foi corrigido e adubado conforme as exigências da cultura, sendo realizado parcelamento da dose do adubo no momento do plantio e 15 dias após a semeadura. O controle de plantas daninhas foi realizado manualmente ao longo do período experimental. Após o período de crescimento, cada parcela foi colhida quando as plantas se apresentavam em estágio de grãos farináceos (matéria seca entre 30 e 40%). No momento da colheita, foram coletadas 10 plantas de cada parcela, que foram pesadas e separadas nos componentes morfológicos lâminas foliares, colmos, panículas e material senescente. Os mesmos foram levados a estufa de circulação forçada de ar para a determinação do peso seco e da participação de cada componente na composição morfológica da forragem. O restante das plantas da parcela foi colhido, pesado e triturado em ensiladora estacionária com tamanho médio de 0,5 a 2,5 cm para a realização do processo de ensilagem. Uma amostra de 300 g foi coletada para determinação do teor de matéria seca e dos teores de proteína bruta, fibra em detergente neutro, fibra em detergente ácido, lignina, cinzas, cálcio e fósforo. O material desintegrado foi ensilado em minissilos de PVC com 10 cm de diâmetro e 40 cm de comprimento. Cada minissilo foi dotado de válvula de Bunsem para a saída de gases e de drenos para o armazenamento de efluentes. Na silagem, foram avaliadas as perdas de massa seca, pH final, nitrogênio amoniacal, ácidos orgânicos e o perfil bromatológico conforme avaliado na forragem antes da ensilagem.