O plano de nutrição durante o intervalo desmame estro (IDE) e o início da gestação, têm como objetivos maximizar a ovulação e melhorar a sobrevivência embrionária. Dessa forma, foi realizado dois experimentos para avaliar o efeito de diferentes quantidades e tipos de ração no IDE e na primeira semana de gestação (1G). Em cada experimento foi utilizado 600 matrizes, distribuídas conforme delineamento de blocos ao acaso com repetição no tempo em arranjo fatorial 2x2.Avaliou-se o efeito de duas quantidades de ração em dois diferentes períodos (IDE e
1G), sendo 5,2kg/dia ou 2,8kg/dia durante o IDE e 3,0kg/dia ou 2,0kg/dia durante a 1G. Verificou-se que o consumo médio das fêmeas com alto fornecimento, durante o IDE, foi de 3,74 ± 0,92 kg/dia, e com este consumo houve o aumento de 5% na taxa de parição (88,3 vs. 93,3%) em relação ao grupo com menor fornecimento (P = 0,05),
entretanto, o alto consumo de ração na 1G aumentou a taxa de natimortalidade e reduziu o peso ao nascimento (P=0,04). Também foi avaliado o efeito da quantidade e do tipo da dieta apenas no IDE, sendo duas dietas, gestação (EM 3.200 Kcal/kg, lisina digestível 0,69%) e lactação (EM 3.410 kcal/kg, lisina digestível 1,4%) e duas
quantidades (3,75 kg/dia vs. 2,7 kg/dia). Não houve diferença estatística para taxa de parição, natimortalidade, bem como para o peso total e individual. Foi observado uma interação entre quantidade e tipo de dieta (P=0,02) para duração do IDE e uma interação marginalmente significativa (P<0,10) para peso total de nascidos vivos, onde
os grupos, gestação com alto fornecimento e lactação com baixo fornecimento apresentaram maior peso médio de leitegada. Entretanto, os nascidos vivos foram maximizados pela dieta gestação (P=0,08) e pelo baixo fornecimento (P=0,07). O alto consumo (3 kg/dia) durante a primeira semana de gestação prejudicou os resultados independente da ordem de parto e condição corporal. Entretanto, o alto fornecimento (5,2 kg/dia) durante o intervalo desmame-estro beneficiou o desempenho reprodutivo das matrizes pluríparas. O consumo de 2,7 kg/dia da dieta gestação, durante o IDE,foi adequado para manter o desempenho reprodutivo de fêmeas pluríparas.