As transformações no mundo de trabalho são constantes, exigindo dos trabalhadores adaptações em virtude de diversos aspectos, dentre eles, o aumento da expectativa de vida. A aposentadoria tem sido continuamente adiada, seja para a continuidade das atividades relacionadas à sua profissão ou mesmo para desempenho de papéis em áreas distintas. Alguns indivíduos veem a aposentadoria como um momento de descanso, lazer, alívio, estabilidade, bem estar. Outros, a enxergarem como ociosidade, e com ela podem surgir aspectos cognitivos, como a depressão, solidão familiar, e suas consequências nas relações sociais e afetivas. Nesse contexto, estão inseridos os docentes do ensino superior recém-aposentados até 01 (um) ano de aposentadoria e em vias de se aposentar. Dessa forma, o objetivo desse estudo é avaliar a relação entre bem-estar subjetivo (afetos e experiências) e adesão à aposentadoria dos Docentes de ensino superior. Assim, foi realizada uma pesquisa de campo, de cunho exploratório descritiva, de abordagem quantitativa, mediante entrevista semiestruturada e aplicação do Inventário de Bem-estar subjetivo (MUNSH). Os resultados apontaram que a maioria dos participantes é do sexo masculino, casado, possui titulação de mestre, tem relação sócia afetiva estável, condições favoráveis no âmbito econômico e desconhece os programas de preparação para a aposentadoria-PPA. Em relação ao bem-estar subjetivo, verifica-se que os afetos positivos sobrepõem aos afetos negativos, ratificando que quanto mais baixo o índice do Bem-estar Experiência Negativa, mais alta será sua adesão à aposentadoria, impulsionando esses indivíduos à inserção de novos projetos e anseios na vida no processo de pós-aposentadoria.