O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da adição do extrato alcaloídico da
Prosopis juliflora (Sw.) D.C. pods (MPA) comparado com monensina sódica sobre o
consumo, a digestibilidade, a partição de energia, as trocas gasosas, a produção de metano
e a partição de nitrogênio. Utilizou-se cinco ovinos machos, da raça Dorper, com 120 dias
de idade e peso corporal inicial (PC inicial) de 25 ± 2 kg. O delineamento utilizado foi
um quadrado latino 5 × 5. Os tratamentos consistiam em 5 dietas experimentais com ou
sem aditivos: monensina sódica ou MPA em três níveis de inclusão. Os tratamentos
foram: CON: controle - sem aditivo (0), MOM: monensina (2,8 mg/kg MS), MPA (6,6
mg/kg MS), MPA (17,3 mg/kg MS) e MPA (27,8 mg/kg MS). Não houve diferença para
os coeficientes de digestibilidade dos componentes nutricionais entre MPA e MON.
Houve incremento de 4,7% na DMO e de 5,4% para DPB, considerando as doses 17,3 e
27,8 mg/kg de MPA em relação ao CON. A DFDNcp foi 6% maior para MPA (27,8
mg/kg) em relação ao CON. Os níveis crescentes de MPA melhoraram a utilização da
energia digestível (0,0007% por unidade de aumento). A produção de CH4 (g/dia) não
diferiu entre MPA e MON e diminuiu com os níveis crescentes de MPA. Houve redução
de 14,5% com a adição de 27,8 mg/kg de MPA comparado ao CON. A presença de MPA
gerou redução de 13,3% na produção de CH4 (em g kg-1 FDNcp), em relação ao
tratamento MON e 15,5% em relação ao CON. A adição de 27,8 mg/kg de MPA reduziu
as perdas de nitrogênio nas fezes (16%) e aumentou o N retido em 18% comparado ao
grupo CON. MPA é um potencial inibidor da produção de metano entérico e um
potencializador do metabolismo energético-proteico para ruminantes.