O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de níveis de carboidrato na dieta sobre o desempenho e metabolismo de juvenis de pacamã (Lophiosilurus alexandri). Foram utilizados 120 juvenis, com peso médio inicial de 20,85 ± 2,01g, distribuidos em 20 aquários de 40L em sistema de recirculação. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com cinco tratamentos (5, 10, 15, 20 e 25 % de carboidrato) e quatro repetições (aquários). A duração do experimento foi de 63 dias. Os parâmetros avaliados foram desempenho, índice hepatossomático (IHS), índice viscerossomático (IVS), morfometria intestinal, glicose, HDL, LDL, colesterol total, triglicerídeos, atividade de amilase, glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) e enzima málica. As concentrações de carboidratos nas dietas afetaram o desempenho, diminuindo o peso final e GPD dos animais que se alimentaram com mais de 10% de carboidrato. A CAA foi significativamente (P>0,05) melhor em peixes alimentados com 5% de carboidrato. A morfometria intestinal, o índice hepatossomático e viscerossomático não apresentaram diferença significativa (P>0,05). O colesterol total, HDL, LDL e triglicerídeos não apresentaram diferença estatística (P<0,05). A glicose apresentou comportamento linear, elevando com aumento dos níveis de carboidrato. A atividade da enzima amilase não apresentou diferença significativa entre os tratamentos (P>0,05). A atividade da enzima málica apresentou comportamento quadrático, em que os peixes alimentados com 5% de milho apresentaram
menor atividade. Os tratamentos 10, 15, 20 e 25% proporcionaram atividade semelhantes nesses indivíduos. A G6PD apresentou comportamento linear crescente. Os dados do presente estudo sugerem que níveis acima de 10% de milho em dietas de juvenis de pacamã resultaram na piora do desempenho, demostrando que o pacamã não consegue modular a atividade de amilase em resposta ao aumento do carboidrato na dieta. O carboidrato na dieta também favoreceu a
ativação da lipogênese.